Dom Romualdo Matias Kujawski
Bispo de Porto Nacional (TO)
“Mas recebereis o poder do Espírito Santo que virá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra.” (At. 1,8).
Prezados Irmãos,
Já estamos praticamente no fim do Tempo Pascal, tão importante em nossa Liturgia. No próximo dia 05 de junho, celebraremos a Solenidade de Pentecostes, momento em que recordamos a vinda do Divino Espírito Santo sobre os apóstolos e Maria, no Cenáculo em Jerusalém. Essa Força do Alto nos ilumina e nos fortalece. Aproxima-se, também, a Solenidade do Santíssimo Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo, que nos faz recordar a presença de Cristo Sacramentado em nossas Igrejas e Capelas.
O que devemos fazer agora?
Nossa primeira atitude deve ser colocar em prática o apelo missionário de Jesus, exposto no Evangelho de São Mateus: “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos.” (Mt 28, 19-20)
Esse chamado nos leva a redescobrir que pertencemos à Igreja Católica. Esta é a nossa Igreja, onde fomos batizados, à qual pertencemos e, com ela somos corresponsáveis. Trata-se sobre a nossa identidade religiosa, que tem sido esquecida, principalmente por causa dos males do relativismo. Somos convidados a retornar à radicalidade evangélica, fixando nossas raízes no próprio Cristo.
Em nossa Diocese de Porto Nacional, podemos observar que as Paróquias são protagonistas da evangelização. Nas diversas Paróquias, a Palavra de Deus é anunciada, são celebrados os Sacramentos e a Catequese se torna realidade. Como forma de atuação viva, nossas Paróquias procuram organizar as principais Pastorais e Movimentos, como exemplo podemos citar: Pastorais Familiar, Juventude, Vocacional e Litúrgica. Em nível social, lembramos a atuação da Pastoral da Criança e da Sociedade São Vicente de Paulo.
Além do chamado à missão, devemos assumir nossa vocação à santidade de vida. Como referências espirituais temos Dom Alano Maria du Noday, nosso segundo Bispo Diocesano, por sua grande atividade missionária por 37 anos nas terras do antigo norte goiano, e Pe. Luso de Barros Matos, cuja fama de santidade é muito grande em toda a Diocese.
Uma outra missão que precisamos assumir é a de estar abertos ao diálogo, com respeito e reciprocidade fraterna, como nos exorta o Papa Francisco.
Com essas ações, teremos a graça de confirmar nossa identidade religiosa, no sentido de “pertença” à Igreja Católica.
Por fim, deixo a sugestão de vivermos a dinâmica de um relacionamento completo e harmonioso: em primeiro lugar conosco mesmos, depois com as pessoas que nos rodeiam, em nossas casas e trabalhos, ajudando a todos, sempre que possível, além de estreitar cada vez mais o relacionamento com Deus, através da intimidade adquirida pela vida de oração.
Sabemos que o encontro pessoal com Jesus é a maior força que temos para a eficácia da evangelização. A vivência de Jesus no “meio” é sempre dinâmica e fascinante.
Pela força do Espírito Santo, sejamos bons instrumentos nas mãos de Deus, e missionários fiéis, na vivência e no testemunho de vida.
