O Grupo de Trabalho(GT) da Mineração, criado pelo Conselho Permanente no âmbito da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reúne-se neste dia 6 de dezembro pela segunda vez com o objetivo de avaliar os passos desde a última vez em que se encontrou.
Em sua última reunião, realizada de 24 a 25 de julho, o GT além do aprofundamento da realidade, estabeleceu suas prioridades, ações e agenda de atividades. Entre as prioridades, está o mapeamento das regiões que mais sofrem os impactos da mineração, bem como os grupos que já atuam na área. O GT também traçou como meta publicar textos e materiais mais robustos e incisivos para mobilizar e dar visibilidade ao tema junto à Igreja no Brasil.
Papel do GT – Dom André de Witte, bispo de Rui Barbosa (BA), vice-presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), que também acompanha o trabalho do GT da Mineração, destaca que a partir da avaliação dos avanços, o grupo traçará o planejamento dos próximos passos para 2018.
Segundo ele, para quem vê a realidade do ponto de vista do trabalho de Evangelização de uma conferência e da perspectiva de Jesus que veio para que todos tivessem vida, é necessário combater os projetos que ameaçam a vida. E parte destes projetos são ligados à extração de minerais em território brasileiro. “Estes estão chegando, como rolo compressor, na realidade dos pequenos que sofrem e perdem condições, um exemplo é Mariana e a morte do Rio Doce”.
As exortações do papa Francisco e suas propostas de preocupação com a casa comum da humanidade contribuem para dar o rumo e o horizonte de atuação da Igreja neste campo, aponta o bispo. “Nosso papel é nos posicionar e cobrar atitudes que evitem acidentes e ameaças ao meio ambiente. O grupo de trabalho deve ser o instrumento para dar passos concretos nesta direção”, disse.