Irmãs Scalabrinianas desenvolvem projeto missionário em Rio Branco

A capital do Acre, Rio Branco, agora conta com a presença permanente da Congregação das Irmãs Scalabrinianas. Em 1º de junho, dia de João Batista Scalabrini, pai e apóstolo dos migrantes, a Congregação realizou a cerimônia de abertura da missão, que tem a intenção de contribuir com o acolhimento aos imigrantes que chegam ao Brasil por meio da fronteira no estado do Acre, próximo à tríplice fronteira Brasil-Peru-Bolívia.

O bispo diocesano, dom Joaquim Pertiñez,  e representantes de várias congregações religiosas da diocese de Rio Branco acolheram as scalabrinianas, irmã Zenaide Zigliotto, irmã Ires de Costa e irmã Rosita Milesi.

Um dos momentos marcantes foi o encontro com os mais 450 imigrantes/solicitantes de refúgio no abrigo “Chácara Aliança”, que apontaram as urgências de uma atenção digna aos que chegam em busca de acolhida e sustento. Entre os migrantes há grávidas, mães com bebês recém-nascidos, e muitos outros pedindo passagem ao seu destino final. Segundo irmã Rosita, que é diretora do Instituto Migrações e Direitos Humanos e integrante da Pastoral da Mobilidade Humana da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), “o apelo é de caridade, acolhida e solidariedade, como tanto alerta o papa Francisco”.

Uma celebração eucarística, seguida por uma confraternização, foi realizada na Comunidade Nossa Senhora Peregrina, na casa das Irmãs de Nossa Senhora, a fim de fortalecer os presentes na missão que estava se iniciando. “A palavra de Jesus ‘Era migrante e me acolhestes’ nos faz compreender, viver e ver o rosto de Jesus no rosto dos migrantes, sobretudo nesta situação de tanta vulnerabilidade”, disse a superiora provincial, irmã Zenaide Ziliotto.

Pioneira desta missão,  irmã Ires de Costa explica que Scalabrini deu o exemplo e encoraja a servir com amor a compaixão, com a esperança e profecia. “É para nós um modelo que nos inspira a escutar a Deus no grito dos imigrantes”, disse.

O abrigo deve atender prioritariamente mulheres e crianças, como propôs o Instituto Migrações e Direitos Humanos, de Brasília (DF), parceiro e apoiador da missão. O assunto foi tratado por irmã Rosita com o secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, que considerou a proposta altamente oportuna, oferecendo desde logo todo o apoio e suporte necessário.

 

 

 

 

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