Jornais repercutem lançamento oficial da Campanha da Fraternidade 2020

Os maiores jornais de circulação no Brasil repercutiram o lançamento oficial da abertura da Campanha da Fraternidade que aconteceu na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília (DF), na quarta-feira de cinzas, dia 26. Este ano a Campanha tem como tema “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso” e o lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”. A proposta é justamente “conscientizar, à luz da Palavra de Deus, para o sentido da vida como Dom e Compromisso, que se traduz em relações de mútuo cuidado entre as pessoas, na família, na comunidade, na sociedade e no planeta, nossa Casa Comum”. 

O site de notícias G1 deu ênfase à fala do secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Joel Portella Amado, na qual ele explica o principal objetivo da Campanha que é o de “proteger a vida”. O veículo disse que, citando número de violência no país, dom Joel destacou cuidado entre as pessoas” como a principal ação. O G1 citou também a participação da sobrinha da Irmã Dulce no lançamento, Maria Rita Pontes, destacando a trajetória da santa em ações de solidariedade com pessoas pobres e em situação de vulnerabilidade. 

O Jornal da Manhã, pertencente ao Grupo Jovem Pan, disse que durante o lançamento, em Brasília, o secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, afirmou que a vida vem sendo “fortemente desrespeitada” nos últimos tempos, destacando a seguinte frase: “Ao olhar a vida como um todo, ela nos deseja alertar para o fato abrangente que, através de inúmeras situações, a vida hoje se encontra agredida, ameaçada e também destruída.” O veículo também citou a homenagem feita, neste ano, à Santa Dulce dos Pobres, primeira mulher nascida no Brasil a se tornar santa e canonizada em outubro do ano passado. A santa aparece no cartaz da campanha, ao lado de crianças e idosos, nas ruas do centro histórico de Salvador. 

O Estadão deu ênfase a um dos tópicos do texto-base da Campanha da Fraternidade que é o uso de redes sociais para disseminar conteúdos violentos. Disse também que o Documento aborda temas como abordo, feminicídio, mortes no trânsito, assassinatos de criança e de indígenas, desemprego, conflitos por terra e água e preservação ambiental, contra o uso de agrotóxicos e a mineração. Na ocasião, o veículo destacou a fala de dom Joel que diz que “essas manifestações de morte estão fazendo parte da paisagem cotidiana”. Também afirmou que a entidade reproduziu uma crítica do Papa Francisco ao governo, ao afirmar que atualmente o Estado se decida mais ao viés econômico do que ao cuidado com as pessoas. 

A Agência Brasil salientou que ao enumerar os motivos que levaram à definição da atual campanha, o secretário-geral da CNBB destacou que, além da violência ostensiva, estão crescendo a pobreza, a devastação ecológica, a agressividade como solução dos conflitos, o individualismo como critério de realização pessoal e, “como insiste o papa Francisco desde o início de seu pontificado, a indiferença diante dos sofrimentos alheios”. Disse também que o secretário-geral da CNBB destacou o papel da democracia como instrumento em favor da vida e afirmou que os políticos precisam ter mais responsabilidade com ela. 

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