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Obra indicada: |
JOHNSON, Elizabeth A. Nossa verdadeira irmã: Teologia de Maria na comunhão dos santos. São Paulo, SP, Edições Loyola, 2006, 392 pp. |
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Autor (breve apresentação) : Elizabeth Johnson é norte-americana. Religiosa da Congregação de São José, está muito envolvida na vida da Igreja dos Estados Unidos. Professora de teologia, autora, editora e conferencista, tem como foco de investigação o mistério de Deus, Jesus Cristo, e o Espírito Santo, a comunhão dos santos, incluindo Maria, o diálogo com a ciência e a ética ecológica, o problema de sofrimento, e questões relacionadas à justiça para as mulheres. Foi presidente da Sociedade Teológica Católica dos EUA, a maior e mais antiga associação de teólogos no mundo e faz parte do conselho editorial de diversas revistas. Além de seus livros, E. Johnson tem publicado numerosos ensaios em revistas acadêmicas, capítulos de livros, verbetes em enciclopédias, resenhas de livros, e artigos em revistas de divulgação. Sua obra foi traduzida para o espanhol, francês, alemão, italiano, português, holandês, lituano, polonês, coreano e indonésio. |
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Sinopse: O livro de Elizabeth Johnson contribui para construir uma teologia mariana contemporânea, em perspectiva humanizadora. No dizer da autora, a mariologia tradicional tendeu a separar a mãe de Jesus de todas as outras mulheres. Isso contribuiu para reforçar o lugar de subordinação da mulher na sociedade patriarcal. Johnson lê as Escrituras através dos olhos de mulheres, usando métodos de hermenêutica feminista, para encontrar uma nova maneira de abordar o lugar de Maria na comunhão dos santos, um símbolo potencialmente mais inclusivo e igualitário. Concentra-se em Maria como uma pessoa concreta, discípula e mãe de Jesus, na companhia de todos os amigos de Deus e dos profetas. Por isso, parte do horizonte histórico e bíblico. Tenta compreender a presença, a convite, o desafio e a criatividade do Espírito de Deus na vida de Maria. Considera sua vocação original, que inclui ser a mãe do Messias, mas não se limita a isso. Insere Maria na vida dos santos e dos homens e mulheres de hoje. Convida Maria a descer do pedestal, na qual tem sido reverenciada por séculos e se juntar a nós em uma comunidade de graça e de luta dentro da história. Embora algumas afirmações possam provocar certo mal estar, sobretudo na crítica ao devocionismo mariano, o núcleo de sua mariologia corresponde a várias linhas posteriormente assumidas pela Conferência de Aparecida. Deve-se levar em conta também o contexto cultural na qual é elaborada (sociedade secularizada, de viés predominantemente protestante) bem como seus interlocutores principais. Para o nosso país, a contribuição de E. Johson deve ser completada com uma reflexão sobre o sentido do culto e da devoção marianas. |
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Partes principais da obra: 1. As vozes das mulheres em novo tom (cap 1-2) (A visão teológica das mulheres) 2. Caminhos náo escolhidos (cap 3-4) (Critica a uma mariologia idealizada) 3. Um caminho para frente (cap 5-6) (o paradigma de “Maria, nossa irmã” a partir do Vat II e Marialis Cultus). 4. Retratos de um mundo (cap 7-9) (Palestina no tempo de Jesus) 5. Maria na comunháo dos Santos (cap 10-11) Leitura bíblica sobre Maria Maria, amiga de Deus e profeta |
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Por que essa obra é referencial ou relevante (justificar): Trata-se de um trabalho complexo, bem elaborado, com ampla fonte documental e potencial crítico-purificador. No entanto, não pode ser absolutizada. |
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Responsável pelas informações (nome/ diocese ou instituição em que atua): Ir. Afonso Murad – Prof. de Teologia. ISTA e FAJE, Belo Horizonte (MG) |
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