Meios de comunicação católicos devem buscar a “unidade na diversidade”, diz arcebispo do Rio

O arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), dom Orani João Tempesta, ex-presidente da Comissão Episcopal para a Educação, Cultura e Comunicação da CNBB, destacou a urgência dos meios católicos de comunicação trabalharem em rede, no respeito à diversidade, sem cair na uniformidade

Dom Orani participou do painel desta manhã do 7º Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom). Ele reconheceu a falta de unidade no trabalho de comunicação da Igreja como uma fraqueza e criticou os que não sabem conviver com as diferenças.

“Há os que nos acusam de sermos centralizados; outros nos acusam de sermos descentralizados”, disse lembrando a pluralidade de pensamento na Igreja. “Neste aspecto vejo uma fragilidade em nossa forma institucional. Há críticas mordazes de grupos contra grupos, que não sabem conviver com a diversidade. Devemos viver a diversidade, não a uniformidade, como uma riqueza”.

O arcebispo apresentou aos participantes do Muticom as experiências de rede nos meios de comunicação católicos. Citou a Rede Católica de Rádio (RCR), as reuniões das TVs católicas, a SIGNIS BRASIL, a pascombrasil e a construção da Rede de Informática da Igreja no Brasil (RIIBRA).

Dom Orani admitiu a dificuldade que a Igreja tem de responder aos meios que veiculam matérias nem sempre condizentes com a verdade a respeito de fatos que envolvem a Igreja. Para ele, o problema não é tanto a notícia enquanto tal, “mas a interpretação que se dá à notícia”.

“Cabe a gente recolocar a verdade. Há quem tem facilidade de distorcer a notícia da Igreja Católica e não fazemos nada”, afirmou. De acordo com o arcebispo, isso acontece por interesses religiosos, econômicos, políticos. “Falta alguém que dinamize respostas aos jornais, TVs, sites”. Para ele, no entanto, a Igreja precisa ser mais proativa que reativa.

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