Segue, na íntegra, a mensagem da presidente do Conselho Nacional de Leigos e Leigas do Brasil (CNLB), Marilza Schuina, para o Dia Nacional dos Leigos, celebrado hoje, 24 de novembro.
Mensagem para o Dia Nacional do Leigo
Leigas e leigos CONSTRUTORES do REINO.
A práxis de Jesus mostra que seu projeto, expressão da vontade do Pai, visa a superação de todas as divisões sociais e religiosas da sociedade judaica de seu tempo e de toda a sociedade hoje. Ele escandalizava, pois vivia a comunhão com pessoas consideradas de má companhia, uma convivência humana de justiça, amor, fraternidade, co-responsabilidade e igualdade apontadas pelo Evangelho. Convivência que se estende hoje a todos os discriminados, marginalizados, excluídos, sejam mulheres, homens, jovens, crianças, idosos, etc. Desde os primeiros cristãos, como podemos constatar no retrato das comunidades (cf. At2, 42-45; 4,32-35), os ideais igualitários e comunitários são percebidos, pois entre eles não há separação nem distinção, porque os fiéis “eram um só coração e uma só alma e juntos viviam e testemunhavam a novidade do Evangelho”.
Este é um desafio, enquanto leigos e leigas, superarmos as dicotomias e divisões e avançarmos no Seguimento de Jesus Cristo, aprendendo e praticando “as bem aventuranças do Reino, o estilo de vida do mesmo Jesus Cristo: seu amor e obediência filial ao Pai, sua compaixão diante da dor humana, sua aproximação com os pobres e pequenos, sua fidelidade à missão recebida, seu amor serviçal até o dom de sua vida. Hoje, contemplamos a Jesus Cristo tal como nos transmitem os Evangelhos para conhecer o que ele fez e para discernir o que nós devemos fazer nos dias de hoje.” (DA,139)
É nosso desafio hoje atualizar essa ação evangelizadora e libertadora de Jesus apoiando as lutas pela defesa da vida em todos os campos, seja dos sem terra, dos sem teto, dos desempregados, dos abandonados pelo Estado e, muitas vezes, pela própria Igreja, sendo solidários com os rostos sofredores do povo de rua, dos migrantes, dos doentes, dos dependentes químicos, dos presos, indo às ruas, praças e cidades, sem medo e sem vergonha, empunhando nossas bandeiras, sendo “profetas, sacerdotes e reis”, dando ênfase a nosso Batismo, cumprindo nossa missão como Povo de Deus, protagonistas da evangelização, verdadeiros sujeitos eclesiais.
Terminando o Ano da Fé, na Festa de Cristo Rei, Dia do Leigo e da Leiga, que nós, como sujeitos eclesiais possamos participar ativamente da vida da Igreja, como testemunhas fiéis de Cristo Rei, cumprindo nossa missão no MUNDO, construtores do REINO.
Marilza Lopes Schuina– presidente CNLB