A missa do oitavo dia da 55ª Assembleia Geral da CNBB, no Santuário Nacional de Aparecida (SP), foi presidida pelo arcebispo de Uberaba (MG) e presidente do Regional Leste 2, dom Paulo Mendes Peixoto. A celebração acolheu, os arcebispos, bispos e sacerdotes dos 18 regionais da CNBB, em especial, os do regional Leste 2, que compreende os estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
O arcebispo iniciou a homilia refletindo sobre os desafios pastorais enfrentado pelos regionais, cada um com sua especificidade, dificuldades e facilidades.
“Conforme São Paulo, na primeira leitura de hoje, nós também procuramos lembrar e proclamar o Evangelho que foi anunciado, isto é, o mistério salvífico da páscoa porque Jesus morreu por nós, pelos nossos pecados e salva todos aqueles que o seguem de coração abeto e sincero”, destacou.
Ele recordou, também, as palavras do Evangelho desta quarta-feira (3) que proclama que Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Verdade essa que precisa ser muito proclamada no Brasil, onde a inverdade às vezes domina, disse o arcebispo.
“Crendo em Jesus Cristo queremos se anunciadores da boa nova do Evangelho para todo nosso povo e com muita confiança superando o indiferentismo que reina em nosso país, em nossas comunidades e em muitos cristãos, batizados que não assumem sua missão como também anunciadores da palavra de Deus”.
Ainda, meditando o Evangelho de São João, dom Alberto destacou a fidelidade e a postura dos apóstolos.
“A cultura do descartável, a desconfiança generalizada no país, os desvios públicos, o domínio do capitalismo selvagem, o número tão alto de desempregados e a concentração do poder. Nada disso pode nos desanimar. Nós temos a força de Deus. Nós temos a presença do Espírito de Deus que nos dá força e nos dá coragem. Hoje temos o exemplo de fidelidade de São Filipe e São Tiago menor”, ressaltou.
Durante a homilia, dom Paulo falou do tema central da assembleia, Iniciação à Vida Cristã.
“Estamos construindo, agora, o caminho de iniciação à vida cristã. Sabemos que não é fácil porque mexe com estruturas muito enraizadas. Além disso, nós temos medo do novo. Talvez temos de enfrentar o novo, assumir o novo com coragem, porque ele exige mudança de postura, saída do conforto e da mesmice e a igreja precisa passar por esse caminho”.
O arcebispo finalizou a homilia pedindo as bênçãos de N. S Aparecida e de Fátima para os 18 regionais da CNBB, para que sejam verdadeiros instrumentos de salvação.