Missa do oitavo dia da 57ª AG da CNBB é presidida pelo Regional Norte 3

O bispo de Miracema do Tocantins (TO), dom Philip Dickmans, presidiu, nesta quarta-feira (08), a Santa Missa do oitavo dia da 57ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), no Santuário Nacional de Aparecida (SP).

A celebração foi em ação de graças pelos regionais da CNBB, em especial, os Regionais Norte 2 e Norte 3, que compreendem os estados de Amapá e Pará, Tocantins e parte do Mato Grosso.

Dom Philip Dickmans iniciou a homilia refletindo as palavras do Senhor: “A paz esteja com vocês, não tenhais medo, coragem, sou Eu”, seguindo com uma reflexão sobre a identidade dos católicos de discípulos e missionários. O bispo destacou as leituras que relatam Santo Estevão que foi martirizado e Saulo, o então perseguidor. Citou o povo que enfrentou a perseguição e foi pregar a palavra e questionou “porque eles não tiveram medo?”

“Fico me lembrando de tantas situações de perseguições e onde a resposta é sempre: Deus é amor, Deus é a misericórdia, Deus é a nova vida”.

Dom Philip lembrou ainda dos 25 anos do Genocídio de Ruanda, que matou ao menos 800 mil pessoas, segundo a ONU, por perseguições, e destacou que na semana passada o estado Islâmico informou nas redes sociais que vão continuar os ataques contra cristãos.

“Muitos em nosso Brasil parecem não gostar mais de católicos. Até alguns católicos parecem não gostar dos seus bispos. Devido as decisões que nos leva a refletir sobre questões que vão conta a vida dos mais pobres e desamparados do nosso brasil. Não é só o número que diminuiu mais a tolerância”. E continuou: “onde está Deus no meio de nós entre tantas promessas e enganos? Deixamos dividir o rebanho por pão sem sabor”.

Antes de finalizar a homilia, dom Philip citou ainda Santo Oscar Romero, o qual afirmou em sua história que uma Igreja não perseguida não é uma Igreja profética.

“Nos alimentar como pão e corpo do Senhor não e ó ficar sem fome, mas alimentar nossa coragem e nossa esperança para enfrentar as periferias existenciais da vida. Quem sabe a periferia da nossa própria vida. Converter o nosso coração para se tornar mais discípulo e missionário. Quem assume sua vocação de pão encontra coragem, alegria e amor para enfrentar qualquer perseguição”.

E conclui: “você quer este pão que dá vida eterna, você quer ser pão que dá vida eterna para os outros? E a resposta do Senhor: ide, vai, coragem. Amém”.

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