Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)
A Diocese de Campos celebra e se congratula com nosso irmão Dom Fernando Arêas Rifan e sua grei, pelo 15º aniversário do Decreto Animarum Bonum, que cria a Administração Apostólica São João Maria Vianney.
É motivo de gratidão e regozijo, não só para a cidade e a Diocese de Campos, mas um dom para a Igreja Universal, trazendo não só a paz litúrgica, mas a vitória da cultura do diálogo, da vivência da unidade na pluralidade, da compreensão da catolicidade no sentido mais rico e mais generoso de possibilitar o encontro de diferentes tradições, ritos e disciplinas. A valorização da forma antiga do Rito Romano, o Usus Antiquior considerada pela Instrução Universae Ecclesiae como um tesouro precioso a ser conservado.
Mas, além desta especificidade e carisma eclesial da liturgia celebrada na forma extraordinária, estes 15 anos testemunharam uma partilha e edificação comum entre a Diocese e a Administração Apostólica, participada pela Província de Niterói, o Regional Leste 1 e toda a NBB. Um pensador presbiteriano de renomada projeção, Rubem Alves, elogia a Igreja atólica no seu livro "Dogma e Tolerância, pela capacidade de acolher na unidade um luralismo aberto e diferenciado, respeitando as diversas modalidades e culturas.
Um jornalista colocou, certa vez, na coluna de um jornal da cidade, que tinha-se sentido muito tranquilo e feliz ao ver num restaurante, jantar com proximidade fraterna a Dom Rifan e a minha pessoa, passando um testemunho de amizade e comunhão. São ecos que levaram a convites em novenas nas duas Circunscrições Eclesiásticas, a organizarmos em comum a JMJ 2013 no Rio de Janeiro, a juntarmos forças nas pastorais: familiar, carcerária, da saúde e da sobriedade.
Registramos com alegria uma caminhada conjunta de mútuo respeito, reconhecimento e alviçareira esperança em relação ao futuro. O que importa é o crescimento do Reino, da Igreja na sua comunhão e missão, do testemunho de diálogo, da partilha dos dons, e do firme propósito de caminhar juntos. Vida longa à Administração Apostólica, que seu exemplo possa ser sempre uma ponte de entendimento para a dignidade da celebração da Sacra Liturgia. Deus seja louvado!
