Nossa Senhora Mãe da Alegria e da Esperança

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos

 

O mês de maio, que no hemisfério norte coincide com a primavera e boa parte do tempo Pascal, permite associar e chamar a Maria como afirmava Santo Agostinho, “timbaleira e Mãe da Esperança”, e, por isso mesmo, exemplo de testemunho Pascal. Para muitos cristãos, Maria está sempre com uma imagem chorosa e dolorida, o que, em parte, está certo, mas, também, como as Virgens sorridentes de Chartres, apontando-nos para o Ressuscitado e a vida nova.

No sábado Santo, quando Jesus visitava o Sheol (a Terra dos mortos), Maria, com esperança firme e inquebrantável, aguardava o ressurgimento do seu Filho. Como advogada Nossa e Rainha do Céu, está a revelar a plenitude do paraíso e tratando de nos elevar à sua condição vitoriosa e trasbordante de alegre realização no Senhor.

No Magníficat, em atitude de exultação e louvor, empodera os pequenos e pobres para assumirem as reviravoltas da história de um Pai misericordioso que, no seu sonho, quer restaurar na filiação divina e na inteireza humana ao seu Povo. Venerar e honrar a Maria passa por segui-la no seu serviço de entrega decidida e alegre ao Senhor, fonte da verdadeira felicidade e harmonia.

Supõe dar suporte e amparo aos pecadores e aflitos, restaurando vidas, curando corações e fortalecendo comunidades de irmãos. Maria, a educadora e mestra do povo, nos encoraja e impulsiona a sermos pessoas livres de mesquinhezes, contentes e coerentes na sua fé adulta e generosa.

Que Maria Santíssima nos ajude a reconhecer e confiar sempre na sua solicitude amorosa e compassiva do Pai, abrindo-nos para ser sal, luz do mundo e fermento transformador, para superar o vale de lágrimas e ir conduzidos pela sua sabedoria e graça à civilização do amor e da ternura, concretizando, na história, a Cidade do Alto que nos espera, a Nova Jerusalém na comunhão plena com a Trindade Santa. Deus seja louvado!

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