Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)
Na quarta quinta feira de novembro como data móvel comemora-se no Brasil desde 17/08/1949, instituído pelo Presidente Eurico Gaspar Dutra na lei nº781, o Dia Nacional de Ação de Graças. Efeméride civil que trás a memória as festas das colheitas e dos primeiros frutos, que gerava nos povos um sentimento de gratidão e reconhecimento da bondade de Deus.
Sua origem mais próxima se encontra no ano 1621 em Massachusetts quando colonos cristãos ofereceram aos índios da tribo Wampanoag frutos da sua primeira colheita em sinal de amizade e confraternização.
Aqui no Brasil foi inspirada por Joaquim Nabuco embaixador do Brasil, quem referindo-se a cultura de paz e concórdia transmitida por esta festa expressou entusiasmado: “Quisera que toda a humanidade se unisse num mesmo dia, para um universal agradecimento a Deus”.
A cultura da dádiva que se verifica na troca espontânea de presentes entre pessoas, grupos e os povos e nações ,eleva sempre a generosidade e magnanimidade cuja fonte é o próprio Pai. Precisamos muito de resgatar e testemunhar a nobílissima virtude da gratidão, do maravilhamento diante da presença e cuidado do Deus das misercórdias.
A gratuidade e a confiança que resultam da entrega filial ao Pai transforma-nos em instrumentos de reconciliação, de perdão e reparação como foram no seu tempo Francisco de Assis, Charles de Foucauld, e para os jovens de hoje a figura singela de Carlo Acutis.
A paz é construída e edificada pela gentileza empatia e cortesia de pessoas que por sua gratidão e generosidade tornam o mundo mais habitável e confiante. A corrente do bem, do altruísmo não tem tanta visibilidade como seus opostos, mas causam certamente um impacto bem mais profundo pois nos devolvem a esperança na humanidade e a levantar com alegria e inusitada candura nossos braços ao Pai para voltar a viver aqui na Terra a fraternidade, a ternura e amabilidade frutos da gratidão e filiação divina.
Que Maria nossa querida Mãe nos ensine a alegria do louvor perfeito de tornar-se sempre dom para os outros. Que Deus seja louvado!
