O profeta Isaías olhou para o futuro e, cheio de esperança, sentenciou: “O povo que andava na escuridão, viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu”.
Por quê? Ele mesmo responde: “Porque nasceu para nós um menino, foi nos dado um filho” (Is 9, 1-5).
Passaram-se 750 anos quando, nas imediações de Belém, o anjo apareceu aos pastores, dizendo: “Eu vos anuncio uma grande alegria: Hoje, na cidade de Davi, nasceu para nós um Salvador” (Lc 2, 1011).
Natal, portanto, é esperança. Deus não abandonou a humanidade, apesar de se mostrar tão frágil e pecadora. Deus é presença salvadora.
Natal é Amor. O teólogo Karl Rahner assim se exprimiu: “Natal é a última Palavra pronunciada por Deus, mais profunda e definitiva, presente no coração do mundo”. Esta Palavra significa: “Eu te amo, ó terra; eu te amo, ó ser humano”!
A Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em sua mensagem de Natal ao povo brasileiro, afirma: “Sol sem ocaso, o Cristo que nasce pobre em Belém, vem para clarear os caminhos obscurecidos pela maldade que, muitas vezes, insiste em habitar o coração humano, desfigurando a criatura predileta de Deus. Natal é, portanto, a festa da luz que nunca se apaga! Quem o celebra na fé, jamais caminha na escuridão do medo ou do erro. Como o mundo precisa desta luz”!
Diante da maldade humana, sejamos firmes na prática do Evangelho e na fé no Deus-Amor. No dizer de Bento XVI, “esta é força que vence o mundo, a alegria que nada poderá arrebatar, a paz que Cristo conquistou com sua Cruz”.
Sejamos nós o anjo que anuncia a boa nova da paz e da reconciliação; perdoando aos outros as ofensas e sendo testemunhas de comunhão e “embaixadores da esperança”, no continente da esperança.
Seja este o augúrio para o Ano do Senhor de 2009.