Até domingo, a Igreja comemora com alegria a Ressurreição de Jesus. Acontecimento mais importante da história para os cristãos, pois, Jesus, morreu, ressuscitou e continua entre nós. O bispo da diocese de Santo André (SP) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Pedro Carlos Cipollini, explica que a festa da Páscoa é o coração, a raiz e o fundamento da fé cristã.
Foto: Maurício Sant´Ana
“Entende-se que a força Pascal é tão grande que o Domingo se desdobra em outros dias para comunicar a sua força. Deste modo são entendidos os cinquenta dias que seguem formando o Tempo Pascal”.
Para dom Cipollini, durante estes dias do Tempo Pascal, os primeiros oito dias são reservados de forma especial para celebrar solenemente a Ressurreição de Cristo. A Oitava da Páscoa é, portanto, os primeiros oito dias do Tempo Pascal, iniciados no domingo após a Vigília da Ressurreição. Neste período, a Igreja proclama solenemente que: “este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos” (Sl 118, 24).
“As características destes dias são: a alegria Pascal, o Hino de Louvor nas celebrações, o Círio aceso nos dias desta semana e os relatos evangélicos dos encontros com o Ressuscitado”, destaca o bispo.
A Oitava Pascal traz para o centro da celebração da Igreja o mistério da Ressurreição de Jesus Cristo e na dimensão catequética/litúrgica faz a comunidade perceber que a Páscoa de Jesus continua na ação da Igreja.
“Por isso na Oitava Pascal celebramos que todo dia se tornou Domingo e o Ressuscitado não é uma ideia, um conceito, uma memória, ou uma lenda, mas uma pessoa viva. Durante esses primeiros oito dias, a Igreja nos convida a fazer da nossa vida uma contínua Páscoa, um tempo de renovar a confiança no Senhor, colocando em suas mãos a nossa vida e o nosso destino, ressalta dom Cipolinni.
É um tempo para que, “se Ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são do alto (cf. Col 3,1), onde o Cristo está sentado à direita de Deus: tende gosto pelas coisas do alto, aleluia!”, como afirma a antífona de comunhão da terça-feira da oitava da Páscoa.
Após essa Oitava de Páscoa, a Igreja continua vivendo o Tempo Pascal até o domingo de Pentecostes que acontece cinquenta dias após a celebração da ressurreição de cristo. Este ano será celebrado dia 20 de maio.
História
Acredita-se que a prática das oitavas remontam, no mínimo, ao começo do século IV, e mesmo até à segunda metade do século III, como é fácil de deduzir das homilias descobertas de Astério Sofita sobre os salmos. Astério chama o dia da oitava de “segundo ‘oitavo dia’”. Especula-se que foram introduzidas pela primeira vez por Constantino I, por conta da festa de dedicação das basílicas de Jerusalém e Tiro, que duraram oito dias. Depois disso, festas litúrgicas anuais passaram a ser observadas na forma de oitavas. Atualmente temos duas oitavas: a da Páscoa e a de Natal (já foram muitas, de tantas dividiam-se inclusive por categorias).
Também antigamente os que eram batizados na Vigília portavam a veste branca durante toda oitava, retirando-a somente no domingo seguinte, o chamado Domingo in albis (em branco). Hoje o Domingo que conclui a oitava é o da Divina Misericórdia. Atente-se também que as antigas fontes batismais e tumbas cristãs tinham a forma de octógonos. O oitavo dia é o primeiro dia, o dia do Ressuscitado, no qual os que foram batizados tomaram parte.
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