Os desafios do Ano Novo de 2018

Dom Romualdo Matias Kujawski
Bispo de Porto Nacional

 

 

O tempo tem passado cada vez mais rápido e existe em nós uma certeza: a eternidade está esperando… Este pensamento nos ajuda a situar no tempo, refletindo o passado, vivendo o presente e projetando o nosso futuro.

A pergunta para esse momento é esta: O que o Novo Ano de 2018 vai trazer pra nós, para o Brasil e para o Mundo afora?

Seguindo a reflexão religiosa, gostaria de nos situar perante as chamadas morais que nos levam a tomar uma posição perante à nossa realidade. Nós não podemos nos esquecer que nossa referência moral para agir é Jesus Cristo, o Caminho, a Verdade e a Vida. (Jo 14,6)  Por isso, com muita sinceridade, devemos entender que não existem férias ou mesmo feriados de carnaval para as normas e preceitos morais. A voz do Senhor precisa continuar ressoando em nossos corações, nos convidando a sermos sempre o “Sal da Terra e Luz do Mundo” (Mt 5, 13-14 e Doc. nº 105 da CNBB).

 Neste ano de 2018, a Igreja destaca a importância dos Leigos na vida e missão da Igreja. Nossos irmãos e irmãs, atendendo ao chamado do Senhor, assumem a responsabilidade de serem protagonistas na Igreja e na Sociedade, colaborando para que ela se torne de fato a tão sonhada civilização de amor.

Portanto, o eixo pessoal deve ser transparente, desafiador e dinâmico, formando a “Igreja consoladora, samaritana, profética, serviçal e maternal”. (Doc. 105 Introdução)

O Ano de 2018 será marcado, ainda, no Brasil pelas Eleições Gerais, em que serão eleitos Presidente, Senadores, Deputados Federais, Governadores e Deputados Estaduais. O que significa isso pra nós católicos? É um apelo moral para que sejam eleitas pessoas dignas, abertas, não corruptas e objetivas, comprometidas com a Justiça Social e o Bem Comum.

Existem outros perigos que precisam ser combatidos. Posso citar como exemplo a urgência de levantarmos oposição contra as ideologias ateias, principalmente a ideologia do gênero e do consumismo. Existem diversas publicações e pronunciamentos de psicólogos e especialistas na área, que estão desmascarando a demagogia da chamada igualdade dos sexos. Nós sabemos que o homem e a mulher foram criados por Deus, e que isso foi declarado como bom. Não podemos nos deixar levar pelas ilusões deste mundo. As coisas desta terra são passageiras e devemos colocar a nossa fé e a nossa esperança somente em Deus, conforme nos ensinam as Sagradas Escrituras: “Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e as traças corroem, onde os ladrões furtam e roubam. Ajuntai para vós tesouros no céu, onde não os consomem nem as traças nem a ferrugem, e os ladrões não furtam nem roubam. Porque onde está o teu tesouro, lá também está teu coração.” (Mt 6, 19-21)

Existe um caminho que precisa ser cada vez mais valorizado, que é aprofundar a reflexão sobre nossas famílias, no sentido de conscientizar que cabe a elas o importante papel de dar início a evangelização de nossas crianças.

Neste tempo de Natal, deixemos ressoar em nossos ouvidos e corações a voz angélica: Gloria in excelsis Deo!

Que nossa trajetória, durante todo o ano de 2018, sempre se fundamente na nobre e bela mensagem do alto: Cristo nasceu, vinde adoremos! Ele é nossa esperança para o ano que nasce.

Feliz Ano Novo repleto da graça e da paz de Nosso Senhor.

Com a minha benção!

 

 

 

 

 

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