Padre Wonibaldo descansa

Dom Aloísio Sinésio Bohn

Bispo Emérito de Santa Cruz do Sul – RS

Padre Wonibaldo Wagner, após longa enfermidade, faleceu aos 24 de fevereiro deste ano de 2011, em Santa Cruz do Sul, como sempre viveu: com um leve sorriso nos lábios.

Padre Wonibaldo Wagner nasceu aos 11 de fevereiro de 1933, na comunidade rural de Linha Floresta, no unicípio de Vera Cruz. Filho de Aloysio Anton Wagner e de Luiza Wagner, foi o 6º de 10 irmãos. Entre eles, Padre Miguel Wagner, que descansa no cemitério de Linha Floresta, pertinho da casa paterna.

As primeiras letras o pequeno Wonibaldo aprendeu na escola de Linha Floresta. Desejoso de ser padre, seguiu o mano Miguel na vida seminarística, passando pelo Seminário São José de Gravataí para o ensino médio; o Seminário Maior de Viamão para a Filosofia e Teologia. Enquanto progredia nos estudos,            Dom Alberto Etges lhe conferiu os ministérios, como era usual naquele tempo: a Primeira Tonsura, em maio de 1958; o Ministério do Leitorado, na Catedral de Santa Cruz do Sul, em 1960; o Ministério do Acolitato, no Seminário de Arroio do Meio, em 1961; o Diaconato, no Seminário de Viamão, em 1962. Finalmente, a Ordenação Presbiteral, na igreja matriz de Vera Cruz, aos 06 de julho de 1962.

Entre o clero, Padre Wonibaldo gozava da estima universal. É que sua primeira qualidade era uma inalterada bondade. Ele a espargiu durante 29 anos de ministério nos seminários. Quase a metade de sua vida sacerdotal.

Os demais 37 anos de padre, serviu em Arroio do Meio, na Paróquia da Conceição, (Santa Cruz do Sul); Paróquia de Linha Brasil, (Venâncio Aires); Paróquia de Rincão Del Rei, Travesseiro, Rio Pardo e Candelária. Finalmente, em Herveiras. Como esta Paróquia não tem casa paroquial, mas o padre costumava se abrigar na sacristia, quando Padre Wonibaldo viu o povo bondoso e pobre, insistiu em servir as comunidades de Herveiras. “Esta paróquia tem o meu jeito”, dizia. Já enfraquecido, no final de 2010, foi obrigado a cuidar da saúde, dividindo o tempo entre a Casa Amparo Fraterno, a casa paterna em Linha Floresta e o Hospital Santa Cruz.

Um câncer o consumia lentamente. Quando convidado a uma reunião, ele reagia: “Não posso; o pessoal se assusta com um esqueleto ambulante”!

Deu exemplo de bondade, de vida simples e alegre, de amor ao povo e aos padres. Todos temos nele um exemplo a seguir.

Santa Cruz do Sul, aos 23 de março de 2011.

Tags:

leia também