Paróquia São João Paulo II em Montes Claros

Dom João Justino de Medeiros Silva
Arcebispo de Montes Claros (MG)

 

            Na celebração dos 110 anos de criação da Diocese de Montes Claros, anunciamos a criação de duas novas paróquias no município de Montes Claros. Uma delas é a Paróquia São João Paulo II, que será constituída por cinco comunidades urbanas, sendo elas Nossa Sra. Aparecida e São Francisco de Assis (Major Prates), São Francisco Coll, Nossa Sra. dos Passos, São Francisco Xavier (Residencial Sul) e São Geraldo II; e por quatro comunidades rurais: Nossa Sra. de Fátima (Santa Bárbara II), Nossa Sra. do Perpétuo Socorro (Gameleiras II), Santa Rita (Serra Verde) e São Sebastião (Abóboras). A sede da nova paróquia será a comunidade Nossa Sra. Aparecida e São Francisco de Assis, no      bairro Major Prates. É muito importante esclarecer e enfatizar que a Paróquia é o conjunto das comunidades. A sede é uma comunidade referência para endereço, secretaria e outros serviços.

            O título da paróquia será uma homenagem àquele que, em abril de 2001, elevou o bispado de Montes Claros à sede de Província Eclesiástica, instituindo a Arquidiocese de Montes Claros: São João Paulo II. Prevê-se a instalação da paróquia para o dia 11 de abril do ano corrente, segundo domingo da Páscoa ou domingo da Misericórdia.

            Dias atrás fui pessoalmente me encontrar com essas comunidades. Em algumas delas pude, também, celebrar a eucaristia. Fui muito bem recebido. Em todas elas se percebia, ao lado da expectativa, a alegria de um passo novo e exigente para todos os envolvidos. Nos encontros expus as razões para a criação de mais uma paróquia, destacando a otimização do serviço de evangelização. Foi bonito perceber traços característicos de cada comunidade. Apresentei a importância dos servidores, em sua maioria os leigos e leigas, chamados a ser missionários junto com as religiosas, seminaristas, diáconos e padres. Conversamos acerca da necessária estrutura logística. Pontuamos sobre a riqueza de se constituir uma paróquia eivada pela eclesiologia missionária, em outras palavras, para ser uma “paróquia em saída”, em sintonia com o ensino do Papa Francisco.

            Foi muito gratificante escutar testemunhos de gratidão aos padres jesuítas e aos cônegos premonstratenses que se desdobram nas últimas décadas para servir essas comunidades. Nossos irmãos leigos e leigas estão compreendendo a importância desse passo. Suas reflexões demonstram que estão dispostos a colaborar para incrementar ainda mais a ação evangelizadora. Fiquei edificado ao encontrar em todas as comunidades homens e mulheres comprometidos com a caminhada da Igreja. “Cada comunidade poderá dividir com as outras o que aprendeu e sabe fazer”, disse uma senhora. “Recebemos boa formação nesses últimos anos. Queremos continuar com os trabalhos de formação”, disse outra.

            Confesso que à medida que os escutava foi se abrindo dentro de mim novas percepções do trabalho paroquial na perspectiva missionária. Uma delas tem a ver com o serviço de secretaria, que não pode ser entendido de modo reduzido como um escritório do padre. Numa paróquia extensa, os ministros ordenados têm de promover o atendimento itinerante. Há de se valorizar o revezamento dos locais de reuniões paroquiais para que todos tenham a visão do conjunto da paróquia. Será um desafio bonito. Deposito muitas esperanças na missão paroquial. É a Igreja crescendo no serviço ao Reino de Deus.

 

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