A Diocese de São Salvador de Bahia foi criada em 25 de fevereiro de 1551e Arquidiocese em 1676. Somos a primeira diocese criada no Brasil. Somos a Igreja Primacial. Esta
circunstância histórica nos convoca a todos para assumir com empenho a tarefa de aprofundar nossa identidade eclesial e renovar a consciência de nossa missão.
Foi o Papa Júlio II a criar, apenas 50 anos após o descobrimento do Brasil, a primeira Diocese da Terra de Santa Cruz, nome inicial deste imenso território. Ao fazê-lo, acreditou que a catequese a partir da primeira Missa celebrada em Porto Seguro, em 1500, fosse o marco da pregação do Evangelho aos índios e portugueses, através de muitos missionários vindos de Portugal, e que a Vila de Salvador alcançara crescimento em idade e graça para tornar-se sede de um sucessor dos Apóstolos, referência dos fiéis seguidores de Cristo.
A Bahia tem uma história rica de testemunhos de fé cristã e de obras que nasceram da fé. É importante recordar os que nos precederam na fé e manifestaram as razões de sua esperança.
A vila e cidade de Salvador foi fundada em 29 de março de 1549. Hoje lembraremos somente o século XVII.
O ano de 2008 marca quarto centenário da criação de seis paróquias da Arquidiocese de Salvador.
1. Freguesia de Santo Amaro de Pitanga. Nos documentos há diversas variantes para designar esta paróquia: Ipitanga, Itapoã, Santo Amaro do Recôncavo. Foram seus vigários: Padre Jerônimo de Barros (1608); P. João Ribeiro de Souza (1633) e coadjutor o P. Antônio Correa; P. Rafael Perada, por período breve; P. Domingos Fernandes (1642); P. João Guedes da Silva (1682); P. Antônio Filgueira (1684); P. João Nunes da Cunha (1694).
A matriz começou sua construção entre 1577 e 1584, segundo alguns historiadores pelos padres Jesuítas, ainda sob a orientação do P. José de Anchieta.
2. Freguesia de Nossa Senhora do Ó de Paripe. Esta paróquia era relativamente pequena, ficando dela algumas notícias de seus vigários. Os primeiros: P. Estevão Fernandes (1608), já presente desde o início do século no local; P. Simão Rodrigues Chaves (1626) cujo paroquiato foi de 10 anos, vindo a falecer no cargo, e P. Miguel de Paiva coadjutor; P. Belquior Pereira (1637) com longo paroquiato; P. Manuel Álvares Monteiro (1662), mais tarde Cônego e Arcediago do Cabido de Salvador; P. Antônio Gomes (1671).
3. Freguesia de São Tiago do Paraguaçu. Situada no braço do rio homônimo, no recôncavo, possuía também um convento franciscano. De seus párocos anotamos: P. Baltazar Gonçalves, o qual se interessou pela construção da matriz; P. Luiz Álvares de Sá vindo a falecer no cargo por volta de 1641; P. Manuel de Barros (1642) falecido no cargo dez anos depois; P. Manuel Coelho Barradas, apresentado a 20 de fevereiro de 1653; P. Luiz Alves , falecido em 1692; P. Manuel Ribeiro Penha, apresentado a 16 de março de 1693. Foi seu coadjutor o P. Francisco Ferreira Pimenta.
4. Paróquia Nossa Senhora da Purificação em Santo Amaro, às margens do Rio Traripe. Já existia um curato desde 1591. Com o assassinato do pároco a sede foi transferida para a Igreja de Santo Amaro. Em 18.10.1700, foi inaugurada atual matriz. Da Purificação foram desmembradas, em 1684, Santana, 1718 Oliveira dos Campinhos e São Pedro do Rio Fundo, e em 1870 o Rosário.
5. Freguesia de São Miguel de Cotegipe. Foram párocos: P. Pedro do Vale, já vigário há mais anos, vindo a falecer em 1618; P. Miguel Canal (1620), era natural de Salvador, licenciado em Artes, foi ordenado por Dom Constantino Barradas. Ocupara o cargo de escrivão do Cabido e Capelão da Igreja Nossa Senhora da Ajuda; P. Jerônimo Pereira da Costa (1627), foi pároco por muitos anos; P. Joaquim Ribeiro, falecido em 1670; P. Cristóvão Ferreira Garcês (1671); P. Antônio de Araújo (1685); P. Pascoal da Siqueira Lima (1628); P. Manuel de Campos Caldas (1697). A sede da paróquia, hoje em ruínas, onde celebramos neste ano, funcionou até 1934, passando depois para Simões Filho.
6. Freguesia de São Bartolomeu de Pirajá. Párocos: P. Manuel Serrão (1608); P. Antônio Neto (1618); P. Pedro Borges (1642); P. Antônio Correa (1643); P. Domingos da Costa Rebouças (1668); P. Carlos da Costa falecido em 1692; P. João de Aguiar (1693).