Toma posse neste sábado, 8 de outubro, o novo bispo Petrolina, Pernambuco, Dom Manuel dos Reis de Farias. O bispo chegará à cidade às 17h30 e será conduzido em carro aberto até a Catedral de Petrolina onde será recebido por bispos, padres, religiosos e pelos fiéis. Na igreja, dom Manoel receberá das mãos do arcebispo de Olinda e Recife, dom Antônio Fernando Saburido, o governo da diocese.
O sétimo bispo diocesano, D. Manoel dos Reis de Farias nasceu em Serra Verde, município de Orobó, Pernambuco, em 23 de abril de 1946. Seus pais eram Severino Francisco Alves e Josefa, esta falecida quando ele era ainda criança. Viúvo, o pai contraiu um novo matrimônio e então confiou os três filhos a avó Dona Benvenuta. Manoel cresceu seguindo a profissão dos pais, agricultor. Na escola logo ganhou destaque entre os colegas. Aos 12 anos sentiu-se animado a abraçar a vocação sacerdotal, sob o incentivo da professora de religião, Judite, e por um sobrinho da mesma. Um momento determinante na sua história vocacional foi o convite realizado por um padre, através de um programa de rádio, ao sacerdócio. No programa radiofônico o padre falava sobre a escassez de operários para a Messe do Senhor.
O jovem, Manoel, cursou o primeiro e segundo graus no Colégio Pio XII dos Irmãos Maristas, em Surubim, Pernambuco e aos 17 anos, tinha claro no coração o chamado por Deus ao sacerdócio e logo entrou no seminário. Os estudos filosóficos aconteceram no Instituto Estrela Missionária em Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, e os teológicos na Escola Teológica do Mosteiro de São Bento em Olinda, Pernambuco. Sua ordenação diaconal aconteceu em 06 de janeiro de 1982 e, exatamente um ano depois, recebeu o presbiterato em Nazaré da Mata, Pernambuco. É também formado em Direito Canônico, pelo Instituto Superior do Rio de Janeiro, instituição filiada à Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Grande parte de sua história de serviços à Igreja aconteceu em Pernambuco, pois exerceu os cargos de: reitor da Casa de Formação dos Seminaristas da Diocese de Nazaré (1985-1986), Vice-Reitor do Seminário Arquidiocesano de Olinda e Recife (1987), pároco de São Sebastião, em Machados (1988-1990), Pároco do Divino Espírito Santo em Paudalho, Diretor Espiritual dos seminaristas maiores da Diocese de Nazaré (1990 até novembro de 2001) e de membro do Conselho Presbiteral e do Colégio de Consultores da Diocese de Nazaré. Em 08 de agosto de 2001 o Papa João Paulo II convocou-o para o episcopado, nomeando-o bispo de Patos, na Paraíba. Lá ele substituiu o bispo D. Gerardo Andrade Ponte, que fora o quinto bispo de Petrolina.
A sagração episcopal de D. Manoel aconteceu na catedral de Nazaré da Mata aos 10 de novembro de 2001 e foi presidida por D. Jorge Tobias de Freitas. A posse do governo da Diocese de Patos ocorreu no estádio Municipal José Cavalcante em primeiro de dezembro de 2001. Em solenidade grandiosa D. Manoel recebeu o governo da diocese de D. Gerardo Andrade Ponte.
Em Patos, D. Manoel, conquistou o povo paraibano com o seu jeito simples e amigo de ser. Diariamente entra em contacto com os diocesanos através do programa Palavra de Fé, transmitido pela rádio Espinhara (AM e FM), esta última conquistada durante o seu episcopado. Preocupado com o alto consumo de drogas, por jovens da região diocesana, incentivou a instalação de uma Fazenda da Esperança no território de sua diocese. Para isto contou com o apoio do governo paraibano e dos fundadores da instituição: Frei Hans Stapel e Nelson Rosendo.
D. Manoel também investiu na formação dos sacerdotes, tendo ordenado mais de quinze jovens, durante o seu episcopado. O aumento do número de padres possibilitou a criação de mais de 15 paróquias. Além de padres, o bispo ordenou também diáconos permanentes. Em 18 de maio de 2003 Dom Manoel abençoou a pedra fundamental do Santuário de N. Sra. do Perpétuo Socorro em Patos. O empreendimento é uma iniciativa do Pe. Jair Jacó Tomasella e pretende ser o maior santuário do Nordeste. Tantas outras realizações marcaram a presença de D. Manoel em Patos. Em 2009 presidiu as celebrações do cinqüentenário da Diocese. Dez anos após a nomeação episcopal, o Senhor chama D. Manoel a uma nova missão, ser bispo da feliz Petrolina.