Presidente Lula abre a 1ª Conferência Nacional de Comunicação, em Brasília

Começou ontem, 14, a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez o discurso de abertura do evento. O presidente enalteceu a

diversidade do plenário e destacou a importância da sociedade toda ajudar o Governo a estabelecer as políticas de comunicação para o país.

Ao seu estilo, Lula mandou um recado às organizações empresariais que saíram da Conferência, entre elas, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), que congrega os gigantes das comunicações e telecomunicações. “Lamento que alguns atores tenham preferido se ausentar da Conferência. Perderam a oportunidade de construir pontes, mas cada um sabe onde o calo dói”, disse o presidente sob os aplausos da platéia.

Lula falou também das mudanças tecnológicas que marcam o mundo e o Brasil. Exaltou a liberdade de imprensa sem deixar de provocar os que “se excedem” e divulgam “calúnias e infâmias”.

O presidente explicou também sobre a convergência de mídias, um tema forte na Conferência. Admitiu que a lei sobre a comunicação no país é “anacrônica” e não pode responder às mudanças por que passou o país nesta área. “Os impactos sociais e políticos desta convergência devem favorecer a pluralidade”, afirmou.

Mais uma vez, o presidente defendeu o debate que se estabelecerá na Conferência. Segundo disse, é preciso haver, em relação à comunicação, “um debate franco e aberto e não enfiar a cabeça na areia como o avestruz”.

O Presidente da República aproveitou e fez a propaganda do Plano Nacional de Banda Larga, outra reivindicação que virá com vigor na Confecom. O presidente reconheceu que é preciso levar internet a todos a um “preço razoável”. “Internet não é luxo, mas algo de primeira necessidade, essencial para a educação”. Lula falou ainda que a população deve cobrar dos candidatos a presente nas eleições de 2010 que coloquem o tema da comunicação na agenda do país.

Terminado o discurso, Lula acrescentou de improviso algo sobre as rádios comunitárias, atendendo aos gritos que saíram da plateia. De fato, em nenhum momento do discurso ele havia falado das Radcom. Se não agradou pelo conteúdo, pelo menos mostrou que ouviu o grito dos que cobraram dele uma posição sobre as Rádios Comunitárias que terão uma luta infinda nesta Confecom para conseguir suas reivindicações, especialmente o fim de sua criminalização.

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