Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)
Com esta frase, que serve de lema para a Semana de Oração para a Unidade dos Cristãos, que se celebra na Europa e outros países do mundo, entre o 18 e 25 de janeiro, com um texto preparado pelos irmãos da Indonésia, este evento ecumênico rezará e meditará sobre o flagelo da corrupção. De fato, são devastadores e deletérios os efeitos da rede de corrupção, tanto a nível mundial como nacional.
Cabe examinar de que maneira e de que modo podemos participar em situações que, de uma forma proposital ou não, nos tornamos cúmplices com esta chaga que corrói as instituições e destrói a Democracia. Os próprios Direitos Humanos são prejudicados e secundarizados pela desonestidade e conluio de interesses privados com agentes públicos.
Trata-se de pensar e buscar uma conversão abrangente e radical, que nos torne inteiramente justos, para implementar novas práticas de integridade e justiça. Esta preocupação e propósito ecumênico encontram eco na Campanha da Fraternidade 2019 que trás com o tema Fraternidade e Políticas Públicas. É, no horizonte de uma sociedade civil mobilizada, com um controle social efetivo, que se constrói um Estado Democrático capaz de submeter a corrupção ao império da lei e do bem comum.
Ser justos supõe criar práticas e instrumentos também justos, que impeçam o enquistamento de interesses escusos e desvios de dinheiro e patrimônio público. A luta pela corrupção passa por fortalecer a Democracia Participativa, os Conselhos Paritários e uma cidadania atuante e fiscalizadora.
O Papa Francisco, em sua audiência, de 16 de janeiro, se pronunciou sobre este evento afirmando que: “O ecumenismo não é opcional, torna-se cada vez mais necessário, um testemunho comum e consertado que leve a afirmação da verdadeira justiça e ao apoio dos mais fracos”. Deus seja louvado!
								
								