Todas as pessoas bem intencionadas devem ter objetivos claros na vida. Em vista disto, caminham ao encontro daquilo que seja melhor para si mesma e para os outros. Mas não podem perder o “chão” que pisam, e nem o “horizonte” que deve ser alcançado. Tudo deve ter força de esperança verdadeira.
Na vivência cristã, temos como chão a força da Palavra de Deus e da oração, especialmente o “Pai Nosso”, ensinado pelo Senhor. O horizonte, passando por todo um caminho de espiritualidade e de compromisso cristão, é a ressurreição em Cristo, a felicidade eterna nas promessas de Deus Pai.
Não encontramos um horizonte de vida se não passamos pela prática da justiça e do direito. Isto supõe relações de partilha de bens e de perdão autêntico, assumindo responsabilidades no mundo da cultura e dos problemas cotidianos. Não basta a atitude de procura sem uma ação concreta de vida e transformação.
Na procura por algo na vida, além das práticas cristãs, temos os deveres de cidadania, de compromisso com o Estado, com a pátria, e tudo que a envolve, e com os cidadãos. A expressão maior disto acontece nos momentos decisórios, como no voto consciente como força de libertação e vida da nação.
Estamos na hora da procura de muitos de nossos futuros dirigentes. Eles estão por aí, em plena campanha eleitoral. Há o perigo de uma má escolha, de votar em candidatos totalmente desconectados com a Doutrina Social da Igreja e preocupados apenas com o próprio bem e o de seu grupo. Será que merecem seu voto!
Sabemos que não é tão fácil dizer um “sim” comprometido com as prioridades da sociedade, com o futuro do Brasil e por uma democracia mais consolidada. O “sim” com interesses corporativos é um grande prejuízo para o país, refletindo fortemente na vida do povo.
Quem procura, encontra, mas vendo no voto a sua importância decisória, com critérios que devem expressar um verdadeiro compromisso de cristão. Para isto, todo cidadão cristão deve agir envolvido por uma mística de oração.