Dom Carmo João Rhoden
Bispo Emérito de Taubaté (SP)
NA SEARA DE JESUS, HÁ TRIGO E JOIO
Quando, Jesus iniciou sua missão, impressionou, pois realizava sinais, que chamavam a atenção, não só de curiosos, mas dos doutores da lei, dos fariseus, saduceus e dos sumos sacerdotes. Até os seus próprios parentes nutriam sérias dúvidas em relação a Ele. Diziam: parece fanático demais, não tem mais tempo para nós. Falando do reino de Deus, podia de fato provocar desconfiança, mormente dos romanos, pois, João Batista já havia sido martirizado. Por isso, Jesus começou a falar em parábolas.
No Evangelho deste domingo, Ele sublinha o valor do Reino de Deus, da sua preciosidade e importância. Compara-o a um tesouro, que alguém encontrou. De tesouros, pedras preciosas, seus interlocutores, entendiam muito. Por isso, Ele (Jesus) compara o Reino de seu Pai a um tesouro escondido, mas encontrado. Quem o acha, fará tudo para dele, se aproveitar e não perde lo.
Parece, até mesmo, que os filhos do mundo, valorizam mais, o que têm, do que os filhos de Deus, em relação ao bem maior: O Reino. Na sociedade atual, até se mata para obter valores financeiramente, mais atraentes. Gente há, que prejudica, até, sua própria saúde, para não ter que gastar. Que importância ou valor damos a realidade do Reino de Deus em nossas vidas? Ao conhecimento de Jesus Cristo? Do céu? Da necessidade de participarmos, da construção deste Reino? De colaborarmos mais na comunidade? De sermos, nela mais ativos?
Jesus deixou ainda claro, que, somente, Deus é valor absoluto. Diante dele, tudo se relativiza, até nossa própria vida. Afirma, que o amor a Deus, deve ser vivido, antes de tudo, além de tudo e sobretudo. Os mártires o provaram. Os Santos o conseguiram. E nós? Se houvesse uma perseguição religiosa, expondo nossas vidas, a enfrentaríamos, sem medo e sem traições? Nossa Fé vale mais, do que os tesouros deste mundo?
Jesus fala, também, da alegria, que devemos ter, em vivendo nossa experiência de Deus, na pertença à Igreja, na valorização da vida eclesial e da vivência sacramental! Pergunto então: há mesmo alegria em nossa vivência religiosa? Na pertença à Igreja? Não há tristeza demais, na atualidade, bem como agressividade e desânimo? Não existem também, os que afirmam que afirmam que a vida, neste mundo, não tem mais sentido? Que é preciso aproveitar o tempo disponível, como e enquanto dá? Podemos comparar as exigências do Evangelho deste domingo, com a vivência religiosa nossa?
Podemos comparar as exigências do Evangelho deste domingo, com a vivência religiosa nossa?
