Dom Jaime Vieira Rocha
Arcebispo de Natal (RN)
Queridos(as) irmãos(as)!
Nesta semana, o bom Deus nos presenteou com a graça de celebrarmos a Eucaristia na “Casa da Mãe”, o Santuário Nacional de Aparecida, em Aparecida (SP). Nosso coração se encheu de gratidão, pois estamos para concluir nosso pastoreio à frente da Arquidiocese de Natal, como 6º Arcebispo. Ao mesmo tempo, já nesse momento, nosso coração elevou a súplica pelo novo pastor de nossa Igreja Particular, Dom João Santos Cardoso, que tomará posse no próximo dia 7 de outubro, na Catedral Metropolitana de Nossa Senhora da Apresentação, em Natal.
Desde a última segunda-feira (07) até esta sexta-feira (11), participamos do retiro anual dos padres de nossa Arquidiocese, em Aparecida. Uma graça podermos viver esse momento de oração, de reflexão, de espiritualidade, para a renovação de nosso ministério. Somos um presbitério numeroso, uma Igreja com mais de 100 paróquias, com um solo banhado pelo sangue dos Santos Mártires, em 1645, canonizados em 2017, pelo Papa Francisco. Uma Igreja cheia de protagonismos para a vida pastoral do Brasil. Entre nós iniciou-se a Campanha da Fraternidade, tivemos a experiência do chamado Movimento de Natal, pelos idos de 1950-1960, onde bispos, padres e leigos vivenciaram a graça de uma fé unida à vida, com uma preocupação com a realidade integral da vida de todos os fiéis. Também somos uma Igreja com uma valorização forte do laicato, com participação efetiva nas paróquias, comunidades, pastorais, serviços. Por tudo isso, damos graças a Deus.
Durante o retiro, as reflexões foram feitas pelo nosso amigo e irmão de episcopado, Dom Genival Saraiva, bispo emérito de Palmares, em Pernambuco, a quem muito agradecemos. Na “Casa da Mãe”, expressei minha gratidão a todos os que vieram para esse momento importante de nossa vida ministerial. O retiro, além de ser uma obrigação canônica para nós, também se reveste de uma grande necessidade: de fato, a espiritualidade presbiteral se alimenta da oração, da escuta constante da Palavra e da busca por imitar Jesus Cristo, nas escolhas, decisões, porque o presbítero é chamado a ser um homem apaixonado pelo Mestre de Nazaré, um discípulo missionário, consagrado para o serviço aos irmãos e irmãs, como o foi São Domingos de Gusmão, cuja memória celebramos na última terça-feira, dia 8. São Domingos mostrava-se homem evangélico por palavras e atos. Ele desejava que Deus lhe concedesse a verdadeira caridade, eficaz em atender e em favorecer a salvação dos homens e das mulheres. Seu exemplo anime a todos os presbíteros de Natal e os do mundo inteiro, a fim de que sigam na sua vocação de anunciadores da mensagem de salvação, da boa e verdadeira notícia, o Evangelho.
Nossa Senhora Aparecida, Mãe e Padroeira do Brasil, seja a guia de que todos necessitamos para construir uma Nação onde cada homem e cada mulher se sinta acolhido, respeitado e possa ter sempre um futuro digno. Os nossos santos Mártires, André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, presbíteros, Mateus Moreira, leigo e seus 27 companheiros, intercedam para sejamos uma Igreja missionária, sinodal e samaritana. Que Deus, nosso Senhor, nos abençoe. Amém.