Uma atividade que deixou marcas na Igreja no Brasil em 2018 foi o conjunto de atividades realizado durante o Mês Missionário, em outubro. Ao contrário de outros países que realizam atividades apenas no Dia Mundial das Missões, penúltimo domingo do mês, realizando a Coleta Missionária, no Brasil, com o apoio das Pontifícias Obras Missionárias (POM), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio da sua Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial, mobiliza uma série de atividades ao longo do mês.
Conforme o bispo auxiliar de São Luís (MA), dom Esmeraldo Barreto, presidente da Comissão Episcopal para a Ação Missionária da CNBB, o subsídio, que propõe a realização da novena missionária com vários temas, e um vídeo com experiências missionárias, foram muito importantes para dinamizar este processo. “Estes materiais tem ajudado a que as pessoas, pela reflexão e vendo exemplos e testemunhos das várias realidades, possam seguir o caminho fortalecendo a sua missão”, avaliou.
O bispo auxiliar de São Luís destaca também as várias experiências que são apresentadas no vídeo. “Neste ano, tivemos iniciativas muito bonitas, com jovens, nas periferias do Ceará; iniciativas na Amazônia; com seminaristas; com famílias vivenciando o caminho da família missionária e também iniciativas que ajudam a descobrir no dia a dia, como a experiência de uma senhora, cristã e leiga, da arquidiocese de Montes Claros (MG) que mostra seu empenho no trabalho profissional e também no contexto do norte de Minas”, disse.
Ao todo foram distribuídos 250 mil folhetos em todas as comunidades e paróquias do Brasil, 10 milhões de cartazes e de santinhos junto com o envelope para a Coleta Missionária. “Esta maneira de trabalhar o Mês Missionário tem ajudado muito para despertar a consciência missionária”, afirma dom Esmeraldo, explicando as razões do sucesso da experiência.
Testemunhas da paz – Com o tema “Enviados para testemunhar o Evangelho da paz”, a Campanha Missionária deste ano esteve em sintonia com a Campanha da Fraternidade, cuja temática foi a superação da violência. Ambas iniciativas assumiram como lema a passagem bíblica “Vós sois todos irmãos” (Mt 23, 8).
O Mês Missionário teve início em 1926 quando o papa Pio XI estendeu para o mundo esta iniciativa. “Para nós, no Brasil, celebrar o Mês Missionário significa que queremos reavivar em cada um de nós aquilo que recebemos no Batismo: a missão que vem de Deus”, disse o religioso.
Dom Esmeraldo cita um exemplo bonito, do Mês Missionário de 2017, no qual, por meio da mobilização, todas as dioceses do Brasil enviaram às POM o fruto da Coleta Missionária. “Esta ajuda nossa do Brasil colabora para que 1050 dioceses, no mundo todo, sejam beneficiadas”. “É um modo muito bonito descobrir que a Missão vem de Deus e cada pessoa batizada é chamada a seguir Jesus vivenciando esta missão. Nada melhor que ser colaborador de Deus na missão”, conclui dom Esmeraldo.