Romaria dos Comunicadores foi realizada durante missa no domingo, 15 de abril

Na celebração da Eucaristia, às 18hs, deste domingo, 15 de abril, Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB lançou no Brasil, oficialmente, o 52º Dia Mundial das Comunicações (DMC) que será celebrado no dia 13 de maio de 2018. Estiveram presentes para concelebrar, os bispos que são responsáveis pela comunicação nos 18 regionais da Conferência. Além deles, participaram os membros da Comissão.

 

A Mensagem

Papa Francisco escreveu uma Mensagem especial para a data. O tema foi tirado de uma passagem do Evangelho de São João: “A verdade vos tornará livres”. E o assunto tratado pelo Papa é atual e urgente: “Fake news e jornalismo de paz”. Francisco lembra, no texto, que “No projeto de Deus, a comunicação humana é uma modalidade essencial para viver a comunhão. Imagem e semelhança do Criador, o ser humano é capaz de expressar e compartilhar o verdadeiro, o bom e o belo. É capaz de narrar a sua própria experiência e o mundo, construindo assim a memória e a compreensão dos acontecimentos. Mas, se orgulhosamente seguir o seu egoísmo, o homem pode usar de modo distorcido a própria faculdade de comunicar, como o atestam, já nos primórdios, os episódios bíblicos dos irmãos Caim e Abel e da Torre de Babel (cf. Gn 4, 1-16; 11, 1-9)”.

E o caso das notícias falsas que hoje em dia se espalham com grande velocidade, uma vez que estão amparadas por tecnologias novas de comunicação é tratado pelo Papa: “Sintoma típico de tal distorção é a alteração da verdade, tanto no plano individual como no coletivo. Se, pelo contrário, se mantiver fiel ao projeto de Deus, a comunicação torna-se lugar para exprimir a própria responsabilidade na busca da verdade e na construção do bem. Hoje, no contexto duma comunicação cada vez mais rápida e dentro dum sistema digital, assistimos ao fenómeno das «notícias falsas», as chamadas fake news: isto convida-nos a refletir, sugerindo-me dedicar esta Mensagem ao tema da verdade, como aliás já mais vezes o fizeram os meus predecessores a começar por Paulo VI. Gostaria, assim, de contribuir para o esforço comum de prevenir a difusão das notícias falsas e para redescobrir o valor da profissão jornalística e a responsabilidade pessoal de cada um na comunicação da verdade”.

Para reconhecer essas notícias falsas, o Papa aconselha: “Nenhum de nós se pode eximir da responsabilidade de contrastar estas falsidades. Não é tarefa fácil, porque a desinformação se baseia muitas vezes sobre discursos variegados, deliberadamente evasivos e subtilmente enganadores, valendo-se por vezes de mecanismos refinados. Por isso, são louváveis as iniciativas educativas que permitem apreender como ler e avaliar o contexto comunicativo, ensinando a não ser divulgadores inconscientes de desinformação, mas atores do seu desvendamento. Igualmente louváveis são as iniciativas institucionais e jurídicas empenhadas na definição de normativas que visam circunscrever o fenómeno, e ainda iniciativas, como as empreendidas pelas tech e media company, idóneas para definir novos critérios capazes de verificar as identidades pessoais que se escondem por detrás de milhões de perfis digitais”.

Homilia

Presidindo a Celebração no Terceiro Domingo da Páscoa, tendo como pano de fundo a Mensagem do Papa, dom Darci José Nicioli, arcebispo de Dimantina (MG) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB, falou que “Precisamos ter como objetivo primeiramente como Comunicadores católicos anunciar Jesus ressuscitado. Anunciar que Jesus ressuscitou e assumiu um compromisso com a vida. Com a dignidade da pessoa humana”.

E encaminhou a reflexão do dia: “Deixo um apelo aos profissionais da  comunicação e que seja levado pelas bispos aos diversos agentes da Pascom de suas paróquias. Comuniquemos aquele que é caminho verdade é vida. Esse é o nosso grande desafio num mundo indiferente a Deus e aos valores do evangelho. Passar da mentira das armas e da violência para a verdade de vida do Deus que não tira. Mas dá a sua vida. A vida e sua defesa inegociável”.

 

Bispos referenciais

Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação

Dom Darci José Nicioli, presidente.

Dom Devair Araújo da Fonseca, bispo auxiliar de São Paulo (SP)

Dom Roque de Souza, bispo auxiliar do Rio de Janeiro (SP)

 

Referenciais de Comunicação dos regionais da CNBB

Cardeal Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), referencial do Leste 1.

Dom Gil Antônio Moreira, arcebispo de Juiz de Fora (MG), referencial do Leste 2.

Dom Manoel Delson Pedreira da Cruz, arcebispo do Paraíba (PB), referencial do Nordeste 2.

Dom Sergio Castriani, arcebispo de Manaus (AM), referencial do Norte 1.

Dom Dimas Lara Barbosa, arcebispo de Campo Grande (MS), referencial do Oeste 1.

Dom Messias dos Reis Silveira, bispo de Uruaçu (GO), referencial do Centro Oeste.

Dom José Luiz Gomes de Vasconcelos, bispo de Sobral (CE), referencial do Nordeste 1.

Dom Edilson Nobre, bispo de Oeiras (PI), referencial do Nordeste 4.

Dom Francisco Carlos Bach, bispo de Joinville (SC), referencial do Sul 4.

Dom Carlos Romulo Gonçalves e Silva, bispo de Montenegro (RS), referencial do Sul 3.

Dom Romualdo Matias, bispo de Porto Nacional (TO), referencial do Norte 3.

Dom Josafá Menezes, bispo de Barreiras (BA), referencial do Nordeste 3.

Dom José Belisário da  Silva, arcebispo de São Luís (MA), referencial do Nordeste 5.

Dom Vilson Dias de Oliveira, bispo de Limeira (SP), referencial do Sul 1.

Dom Antônio Wagner da Silva, bispo de Guarapuava (PR), referencial do Sul 2.

Dom Milton Antônio dos Santos, arcebispo de Cuiabá (MT), referencial do Oeste 2

Dom Francisco Merkel, bispo de Humaitá (AM), referencial do Noroeste.

Dom Alberto Taveira, arcebispo de Belém do Pará (PA), referencial do Norte 2.

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