Os Prêmios de Comunicação da CNBB serão entregues em cerimônia a ser realizada no dia 20 de julho, no auditório da TV Aparecida, durante o 6º Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação. Os ganhadores do “Margarida de Prata” (Cinema), “Microfone de Prata” (Rádio), “Clara de Assis” (TV), “Hélder Câmara” (Imprensa) e “Dom Luciano Mendes de Almeida” (Internet) estão passando por um amplo processo de seleção. Desde os finais das inscrições, em janeiro deste ano, os trabalhos foram submetidos a professores universitários e especialistas das áreas de cada prêmio. Eles encerraram este trabalho no mês de abril passado. Em seguida, os trabalhos considerados de maior expressão técnica e mais de acordo com o critério de destacar valores e humanos foram encaminhados para os bispos que compõem uma comissão especial eleita pelo Conselho Episcopal Pastoral (Consep) e que se tornam o corpo de julgadores dos prêmios.
As entidades que contribuem com a CNBB no processo de escolha dos Prêmios de Comunicação, oferecem pessoas com comprovada formação no campo de cada um dos prêmios da Conferência. Professores de Cinema e de áreas afins da Pontifícia Universidade do Rio de Janeiro (PUC Rio) escolheram os trabalhos finalistas nessa área; os trabalhos de Rádio foram analisados por professores, profissionais da RCR e da Signis Brasil e ouvintes de Rádio; as inscrições feitas para a TV tiveram seus trabalhos analisados por professores de jornalismo da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás); os professores de Comunicação da Universidade Católica de Brasília (UCB) apreciaram os trabalhos candidatos ao prêmio de TV e professores da área de Tecnologia da Universidade Católica de Salvador (UCSAL) cuidaram dos trabalhos que concorrem nas categorias de internet.
Comissão dos Bispos
Desde 2016, quando a Consep nomeou uma comissão especial para julgar os finalistas dos prêmios, os trabalhos são vistos, lidos e ouvidos por um grupo que inclui o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB. Eles têm um tempo maior para analisar os trabalhos, afinal eles precisam analisar três finalistas de cada categoria dos cinco prêmios e isso significa quase 40 trabalhos que, em certos casos, são longos e complexos.
A tarefa não é simples: assistir aos 3 filmes longa-metragem e 3 curtas; ouvir 3 programas jornalísticos de rádio, 3 religiosos e 3 programas de entretenimento; ver 3 matérias de TV e 3 documentários; ler 3 matérias de jornal e 3 de revista; e analisar 3 sites, 3 iniciativas em redes sociais e 3 aplicativos. E fazer tudo isso no meio de suas agendas apertadas de bispos em suas dioceses. Considerando esse nível de dificuldades, eles só darão os resultados de suas análises na conveniência das reuniões do Consep, em Brasília, mas os resultados finais serão dados com tempo hábil para a organização da cerimônia de entrega.
Votação online para Menções Honrosas
Os bispos escolhem os ganhadores dos Prêmios de Comunicação da CNBB, mas neste ano de 2018, a título de experiência, a Comissão de Comunicação que tem a prerrogativa estatutária de escolher trabalhos para oferecer uma Menção Honrosa, passou essa responsabilidade para todos que quiserem participar de uma votação online. Sob a responsabilidade técnica da Agência GBA, que é a parceira da CNBB na edição dos Prêmios deste ano, a votação se dará, a partir da publicação dos finalistas que será feita no final de maio.
O troféu de Menção Honrosa que irá ganhar os mais votados pela internet foi feito em homenagem à Ir. Doroty Stang, religiosa assassinada em 12 de fevereiro de 2015, em Anapu, no Pará. Conforme noticiou o jornal O Globo, “A missionária, nascida em 7 de maio de 1931, na cidade de Dayton, em Ohio, era naturalizada brasileira e foi assassinada, aos 73 anos, com seis tiros numa estrada na cidade paraense de Anapu, no dia 12 de fevereiro de 2005. Na época, a irmã Dorothy lutava pela implantação do Projeto de Desenvolvimento Sustentável Esperança em comunidades extrativistas da região. Durante pelo menos quatro anos, denunciou as ameaças que recebia de fazendeiros e madeireiros, mas não recebeu proteção do Estado. Dorothy Stang participava da Coordenação Nacional da Comissão Pastoral da Terra e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)“.