“Contigo caminhamos na esperança”. É com este lema que na manhã de hoje, 11, teve início a viagem do papa Bento XVI a Portugal. Já no aeroporto internacional Portela, de Lisboa, o Papa foi recebido pelo Núncio Apostólico de Portugal, arcebispo Rino Passigato, e pelo chefe de protocolo do Estado, embaixador Bouza Serrano.
Na saída da aeronave, o Pontífice foi conduzido à tribuna, onde o esperavam o presidente da República, Aníbal Cavaco Silva e a Primeira-Dama, Maria Cavaco Silva, para além do Cardeal-Patriarca de Lisboa, dom José Policarpo.
Um coro formado por 30 crianças da Academia de Santa Cecília deu as boas-vindas a Bento XVI, cantando o hino oficial da visita.
Em seu discurso, o Papa se declarou honrado e agradecido pelo acolhimento, saudando todos os portugueses, independentemente da sua fé e religião: “Venho como peregrino de Nossa Senhora de Fátima, investido pelo Alto na missão de confirmar os meus irmãos que avançam na sua peregrinação a caminho do Céu”.
Em seguida, Bento XVI falou dos laços que unem o povo português ao Sucessor de Pedro, que se reforçou ainda mais com as aparições de Nossa Senhora em Fátima. “A Virgem Maria veio do céu para nos recordar verdades do Evangelho que são para a humanidade, fria de amor e desesperada de salvação, fonte de esperança. A visita, que agora inicio sob o signo da esperança, pretende ser uma proposta de sabedoria e de missão.”
Por fim, recordando que a Igreja se situa na história, o Papa reiterou que a Igreja está aberta a colaborar com quem não marginaliza nem privatiza a essencial consideração do sentido humano da vida. “Viver na pluralidade de sistemas de valores e de quadros éticos exige uma viagem ao centro de si mesmo e ao cerne do cristianismo para reforçar a qualidade do testemunho até a santidade, inventar caminhos de missão até a radicalidade do martírio.”
E concluiu confiando a Nossa Senhora de Fátima, “imagem sublime do amor de Deus que a todos abraça como filhos”, todos os habitantes da “nobre e dileta” nação portuguesa.
Comitiva
O Papa é acompanhado por uma comitiva de 29 pessoas, incluindo o secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone, o cardeal português José Saraiva Martins, e o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi.
Bento XVI deixou o local no “papamóvel”, seguindo para a Nunciatura Apostólica, onde permaneceu por poucos minutos.
De lá, seguiu para o Mosteiro dos Jerônimos, onde foi realizada a cerimônia de boas-vindas, com a execução dos hinos de Portugal e da Santa Sé, salvas de canhão e honras militares. Acompanhado pelo Patriarca, o pontífice visitou brevemente o Mosteiro, se detendo em oração na antiga igreja de Santa Maria de Belém.