Tema da CFE 2010 inspira Seminário de Formação no RS

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul recebeu na última quarta-feira, 28, no Teatro Dante Barone, o Seminário de Formação Economia Popular Solidária com o tema “Economia Popular Solidária e Vida”. Promovido pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos (CCDH), Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC), Cáritas Regional, Fórum Gaúcho de Economia Solidária, Associação do Voluntário e da Solidariedade (Avesol) e Fundação Luterana de Diaconia (FLD), o seminário teve o objetivo de refletir e viabilizar ações de economia solidária que contraponham o modelo econômico atual.

Para a abertura do evento, compuseram a mesa o deputado Dionilso Marcon, presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, pastor Ervino Schmidt, secretário executivo do Conic; Maribel Kauffmann, do Fórum Gaúcho de Economia Solidária; Angelique van Zeeland, da Fundação Luterana de Diaconia e Maria Formolo, deputada estadual.

Marcon destacou em sua fala que a Economia Popular Solidária (EPS) é uma forma de interferir nos rumos da macroeconomia, não apenas como coadjuvante. “Na EPS a produção é resultado de uma ação solidária, de cooperação e autogestão, nas relações fraternas, democráticas e igualitárias entre as pessoas”, destacou.

Resultado da mobilização e reflexão promovidas pela Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010, cujo tema era “Economia e Vida”, o seminário, de acordo com o pastor luterano Ervino Schmidt vem ressaltar que, a exemplo das campanhas ecumênicas anteriores que tinham como pauta a questão da paz e da vida digna, o tema deste ano reforça essa preocupação de promovermos uma cultura de paz. “Não há paz quando o interesse econômico sacrifica pessoas e cria desigualdades inaceitáveis. Não é a vida que deve estar a serviço da economia, mas a economia a serviço da vida”.

Para Moacir Gadotti, a práxis pedagógica da EPS precisa ser compreendida como uma ação que anda conjuntamente com a permanente reflexão, onde o lucro deve ser substituído pelo bem viver e para se obter essa consciência faz-se necessário educar para a compreensão. “Para uma práxis pedagógica são precisos alguns elementos: acúmulo de saberes sistematizados, gestão do conhecimento, metodologia participativa, solidariedade e visão de futuro”, destaca o pedagogo.

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