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Obra indicada: |
Salvador Valadares. Espiritualidade pastoral; como superar uma pastoral “sem alma”. São Paulo; SP, 2008. 229p.
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Autor (breve apresentação) : Salvador Valadez Fuendes, é presbitero da Diocese de Tuxla, chiapas (México). Doutor em Teologia Pastoral pela Pontificia Universidade do México. É professor na mesma universidade e também colocabora como professor convidado no instituto Teológico Pastoral para a América Latina (ITEPAL) e no southeast Pastoral Institute (SEPI), em Maiami. Fundou, juntamente com Silva Lopes Pérez e Dom felipe Aguirre Francoda, a congregação feminina discipulas de Jesus Bom Pastor.
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Sinopse: Na intuição do autor, ao começar o novo milênio, o papa João Paulo II nos desafiou a “remar mar adentro” (Duc ín altum!), recordando com gratidão o passado, vivendo com paixão o presente e abrindo-nos com confiança ao futuro; exortou-nos a dar um novo impulso aos nossos “compromissos espirituais e pastorais” (NMI 3) e a nos dedicar com empenho à “entusiasmante obra de relançamento pastoral”, que a todos nos compete (NMI29). É um assunto não tão trabalhado pela teologia, não existem muitas obras de espiritualidade pastoral sistemática. O padre Salvador Valadez Fuentes, jovem pastoralista formado pela Pontifícia Universidade do México, vai mostrando ao longo de sua reflexão uma visão sintética e rica dos constitutivos de uma espiritualidade pastoral em crescimento contínuo. Sua intuição teológica nos aponta de tal forma que projeto de vida espiritual e projeto de vida pastoral venham a ser convergentes. Está presente obra sobre espiritualidade pastoral tem o propósito de refletir sobre as realidades mais profundas que sustentam a vida pastoral, a mística do servir como cristão e ministro do evangelho. Este horizonte teológico e espiritual é que vai dar consistência à ação pastoral e a fazem realmente profunda. O conteúdo do presente obra se situa no quadro deste chamado. Com o olhar para este mundo eclesial, seduzido pelos apelos do momento presente que urge propostas novas e infestado de inúmeras tentações pastorais, é necessário retomar as mais puras fontes do cristianismo, caso se queira ser presença significativa no dia-a-dia das pessoas. Podemos afirmar que sem uma experiência eclesial de cunho espiritual que impregne até os estratos emocionais mais profundos da fé, ficaremos sempre na superfície, por mais que falemos da Igreja e por mais frenética que seja nossa atividade nela. Podemos afirmar que devemos estar vacinados de qualquer expectativa, o Espírito é que deve suscitar em nós o modo de agir como cristãos e ministros ordenados. Neste horizonte, temos a certeza que, a longo prazo não se suscitará assim uma ação curativa nem renovadora, sem o despertar de uma consciência de uma nova visão da Espiritualidade Pastoral. Em sete breves partes, o autor pretende apresentar os componentes substanciais de uma espiritualidade que deve estar na base de todo o ministério pastoral. A preocupação de fundo, que permeia toda a obra, é a convicção de que o trabalho pastoral não tem futuro, nem alcança mudanças significativas se não estiver fundamentado numa forte e sólida espiritualidade nutrida do Evangelho. O sentido e a profundidade que podem ter as ações pastorais têm nela sua mais íntima razão de ser. Se é verdadeira a afirmativa de que a espiritualidade é a fonte primordial de toda diaconia na Igreja, não é menos verdadeira a de que toda diaconia é chamada a sustentar a espiritualidade, pois vida no Espírito e ação pastoral são duas expressões complementares da mesma vida teologal. Ninguém pode ser profeta sem primeiro ser testemunha do Deus vivo, ou seja, sem primeiro não ter tentado se encantar com ele e dialogar “como um amigo conversa com seu amigo”. Este diálogo tem espaço e tempo bem determinados, nos quais vai se gestando a história de salvação pessoal de toda pessoa que se considera anunciadora do Evangelho. Todas as tentações pastorais de uma ou outra forma encontram sua explicação em uma grave carência de convicções espirituais e de “mística” evangélica. Do mesmo modo que a autenticidade do ministério pastoral se sustenta pelo contínuo cultivo destas mesmas convicções. |
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Partes principais da obra: 1. Parte I – Três pressupostos da Espiritualidade Pastoral 2. Parte II – Elementos da Espiritualidade Pastoral na Sagrada Escritura 3. Parte III – Jesus, O Bom Pastor: Fonte Primordial da Espiritualidade Pastoral 4. Parte IV – O Ministério Pastoral como Seguimento e Caminho de Plenitude 5. Parte V – A Espiritualidade Pastoral: Experiência de Comunhão Eclesial 6. Parte VI – Chave para uma Espiritualidade Pastoral Contextualizada 7. Parte VII – Dinamismo para “Encarnar” a Espiritualidade Pastoral 8. conclusão – Dez Teses, sobre o Ministerio Pastoral e sua Mistica. |
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Por que essa obra é referencial ou relevante Este saudável esforço do autor, Padre Salvador Valadez Fuentes que, sem dúvida, beneficiará muitos pastores e agentes de pastoral. Não é um escrito de erudição, com pretensões acadêmicas, mas teórico-prático. Procura ser uma proposta e um estímulo. Seu objetivo é oferecer alguns elementos básicos sobre a espiritualidade pastoral para suscitar nos agentes de pastoral um “novo dinamismo”, que injete mais vida no ministério que realizam (NMI 15). Mas na perspectiva de ser um instrumento posso afirmar que poderá ser um grade referencial introdutório para o inicio de um curso de teologia espiritual e orientação do estagiários no esforço de suscitar um despertar constante de vida pastoral como florescer de uma espiritualidade cristã fecunda e densa. |
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Responsável pelas informações Padre Célio Domingos Xavier – Arquidiocese de Belo Horizonte. |
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