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Obra indicada: |
Sheldrake, Philip. Espiritualidade e Teologia. São Paulo. SP; Paulinas, 2005. 269p |
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Autor (breve apresentação) : Philip Sheldrake do Sarum college, em Salisbury. É autor de diversos livros. Está Obra é resultado de suas pesquisas, fruto de um ano sabático como prêmio da academia. Uma obra que foi esperimentada em sala de aula pelo autor no exercicio como mestre na cadeira de Telogia sistematica. O livro sofreu a audacia de pasar pelo crivo da revisão refinada em suas salas de aula com seus alunos. |
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Sinopse: 1. A Parte I trata das questões metodológicas. O capítulo 1 examina inicialmente alguns aspectos relevantes da cultura ocidental, particularmente a experiência rotulada como “pós-Modernidade” e as teorias que alegam descrevê-la. O capítulo situa algumas questões gerais com respeito à relação entre espiritualidade e teologia dentro desses horizontes intelectuais contemporâneos. A relação entre espiritualidade e teologia tem uma longa e diversificada história. Assim, o Capítulo 2 oferece uma visão histórica geral seletiva da relação com alguma referência específica à doutrina de Deus. Segundo o autor período que se inicia nos anos 1950 não testemunhou meramente a emergência de abordagens à teologia mais favoráveis à espiritualidade, mas também o desenvolvimento da espiritualidade como uma disciplina renovada. O capítulo 3 examina as tentativas de reintegrar a teologia e a espiritualidade. Começa com a avaliação de alguns teólogos e escolas de teologia atuais, grandemente influentes nesse aspecto, como Bernard Lonergan, Karl Rahner, Jürgen Moltmann, Hans Urs von Balthasar, WoHhart Pannenberg e David Tracy, bem como um corpo crescente de escritos sobre teologias feminista e da libertação. O capítulo continua com algumas observações sobre como a atual reavaliação da doutrina da Trindade tem um impacto especial sobre a reintegração da teologia com a espiritualidade. É importante considerar algumas das diferenças de opinião sobre essa questão, e as linhas principais do atual e até agora inconclusivo debate metodológico serão analisadas. Por fim, o capítulo examina como a espiritualidade e a teologia oferecem normas para a avaliação mútua uma da outra. Atenção especial será dada aos critérios teológicos (em parte às teologias de Deus) para avaliar a adequação e propriedade da sabedoria das tradições espirituais. 2. A Parte II do livro passa das questões metodológicas para fundamentar algumas delas em exemplos concretos ou estudos de caso. Vale a pena despender um momento para refletir sobre as idéias e os princípios que são a razão da escolha de exemplos. A cultura ocidental contemporânea é muitas vezes considerada religiosamente apática, contudo existe também um fenômeno que o teólogo americano David Tracy descreveu como “o estranho retorno de Deus”. Esse retorno é mais bem expresso em uma teologia e espiritualidade que se baseiam fortemente em certos temas desafiadores. A visão de Deus é simultaneamente a de um Deus escatológico e (segundo Bonhoeffer e teólogos da libertação) um Deus sofredor na cruz que rompe qualquer tentação de acreditar que a humanidade possa de algum modo capturar o Outro Absoluto. 3. Esse Deus, estranho e fugidio mais do que familiar ou “doméstico”, pode ser abordado pelo desejo e, todavia, não pode ser possuído e parece transbordar em particular para a fragilidade, da condição ferida e da imperfeição humanas – as margens de fato. Em termos cristãos, a busca pós-moderna da união mística com um Deus que é faz mais do que podemos conceber, da associação com o cristo que sofre e, não obstante, é a base invencível de esperança, e de uma mensagem profética de libertação enraizada na vivencia de margens é refletida em importantes elementos da tradição espiritual. Contudo podemos perceber que o livro oferece uma visão histórica geral-parcial, da relação espiritualidade e teologia na perspectiva da cultura ocidental contemporânea no horizonte de tentativa de reintegração avaliadas abordadas pos alguns teólogos modernos. O autor levanta três estudos de casos, examinando escritos de três místicos e um deles Inácio de Loyola. Uma parte significativa é sua reflexão sobre o “LUGAR” como busca da identidade, ele mento central da experiência humana. |
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Partes principais da obra: 1. Parte I: questões teoricas 2. Vivendo nossa teologia 3. O divorcio da espiritualidade e da tologia 4. Parceiros na conversação 5. Parte II: estudos de casos 6. 2.1 Uma teologia prática da trindade: juliana de norwich 7. 2.2 A liberdade epiritual em inácio de loyola e george herbert 2.3 “Lugar” e identidade humana |
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Por que essa obra é referencial ou relevante É uma obra que pode ajudar na prepectiva ecumenica e comparativa dando ao estudante e ao leitor uma visão mais ampla da Espiritualidade Cristã dentro da contemporaneidade. A base Trinitária que fundamenta o foco do autor nesta obra, faz conduzir a comprensão da Espiritulidade como manifestação de Deus na historia humana a partir do Deus de Jesus cristo que nos revela o Rosto Amoroso, Encarnado e Transcendente de Deus. O pano de fundo desta Obra é a relação espiritualidade e teologia. Na perspectiva cristã, “a vida no Espírito” que jaz no âmago daquilo que o autor define como espiritualidade. Segundo o autor, a denominação de Deus como Trindade, mais do que qualquer outra crença, venera a riqueza específica da tradição espiritual cristã. O problema é que um exame superficial dos contextos culturais ocidentais contemporâneos revela uma suspeita em relação ao dogma religioso. As aberturas para o desenvolvimento de uma espiritualidade doutrinariamente rica não parecem promissoras em nossos tempos. Contudo, como a parte inicial deste de um curso sistemático de teologia espiritual o autor tenta demonstrar, tal análise das atitudes contemporâneas pode ser desnecessariamente pessimista. |
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Responsável pelas informações Padre Célio Domingos Xavier – Arquidiocese de Belo Horizonte. |
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