No contexto da guerra, o Papa Francisco lança apelos e preces, faz denúncias e mobiliza apoios

O Papa Francisco tem acompanhado “com dor no coração” o sofrimento de inocentes afetados pela guerra na Ucrânia e implora pelo fim dos bombardeios. Ao mesmo tempo, tem expressado em palavras a indignação com a postura dos governantes e enviado socorro da Igreja para as famílias que buscam por segurança.

No domingo, após a oração do Angelus, recordou que a cidade de Mariupol se tornou “uma cidade mártir da guerra desoladora que está devastando a Ucrânia”. Diante da barbárie da matança de crianças, de inocentes e de civis indefesos, continuou, “não existem razões estratégicas plausíveis: deve-se somente cessar a inaceitável agressão armada, antes que reduza as cidades em cemitérios”.

“Em nome de Deus, eu peço: parem este massacre!”, rogou o pontífice.

 

O Papa pediu também um maior esforço para acolher os quem foge da guerra e que os fiéis intensifiquem as orações.

Bandeiras da Ucrânia na Praça São Pedro
Bandeiras da Ucrânia na Praça São Pedro | Foto: Vatican Media

Na segunda-feira, o Papa recebeu em audiência os membros da associação italiana “Alma para o social nos valores da empresa” e lamentou que o mundo continuou, depois da crise financeira de 2007 e 2008, e continua “sendo governado por critérios obsoletos”.

Francisco ressaltou critérios econômicos, mas também citou o âmbito geopolítico-militar, “onde várias guerras regionais e especialmente a guerra em andamento na Ucrânia, mostram que quem governa os destinos dos povos ainda não aprendeu a lição das tragédias do século XX”.

Também na segunda-feira, Francisco recebeu em audiência privada o primeiro-ministro da Eslováquia, Eduard Heger, a quem agradeceu pelo acolhimento de refugiados como país de passagem para aqueles que fogem da guerra.

 

Apoio da Santa Sé

Vatican News noticiou que o pontífice está acompanhando de perto tudo o que está acontecendo na Ucrânia. A seu pedido, dois cardeais, Konrad Krajewski e Michael Czerny, estiveram entre os refugiados na Polônia e na Hungria para levar a solidariedade do Papa e ajudas materiais.

O esmoleiro, cardeal Krajewski, inclusive conseguiu ir até Lviv, cidade bombardeada pelos russos bombardearam. Na frente diplomática o secretário de Estado, Pietro Parolin, conversou no decorrer da semana com o ministro das relações exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, para pedir o fim imediato dos bombardeiros e oferecendo a mediação da Santa Sé.

A Santa Sé anunciou ainda que o Pontífice está enviando novamente em missão o prefeito interino do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, cardeal Michael Czerny, para expressar a proximidade do Santo Padre às pessoas que sofrem com a guerra na Ucrânia. Após a viagem à Hungria, desta vez Czerny vai à Eslováquia. O purpurado se desloca na quarta-feira, 16 de março, ao país para, nos dias seguintes, viajar até a fronteira ucraniana.

Com informações e imagens de Vatican News e Vatican Media

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