XXVI Domingo do Tempo Comum

Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)

 

(…) que Deus uniu, o homem não separe!” (cf. Mc 10,9)

         A Liturgia do XXVII Domingo do Tempo Comum leva-nos a refletir sobre o projeto idealizado por Deus para o homem e mulher: viverem uma comunidade viva de amor, permanente e indesatável; permanecendo no amor e para o amor, sendo o reflexo do amor de Deus para o mundo.

A Primeira Leitura extraída do Livro dos Gênesis (Gn 2,18-24), Deus ao criar o homem e a mulher, dá-lhes a missão de amar, ajudar e cooperarem mutuamente, lado a lado, afinal a comunhão de ambos é para formar uma só carne. Portanto, “o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne” (cf. Gn 2,24)

O Evangelho de Marcos (Mc 10,2-16), Jesus é questionado sobre a Lei Judaica do divórcio, estabelecida por Moisés. Jesus reafirma sobre o modelo projeto exemplar que Deus sonhou para o homem e a mulher, a viverem num compromisso indissolúvel, de fraternidade, respeito e amor. “Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!” (cf. Mc 10,7-9).

         A Segunda Leitura dada a Carta de São Paulo aos Hebreus (Hb 2,9-11), nos lembra a qualidade do amor de Deus pela humanidade. Deus ama tanto a humanidade que enviou seu único Filho a este mundo para que todos tivessem acesso ao verdadeiro Amor. O Filho, Jesus, se une aos outros, compartilha suas fraquezas e cumpre o plano do Pai, aceita a Morte na Cruz – Sim, pela graça de Deus em favor de todos, ele provou a morte (cf. Hb 2,9b) – e proclama a todas as pessoas que a verdadeira vida está no Amor, e pelo Amor alcançará a glória eterna.

Valorizamos a vida matrimonial – sacramento de salvação que é todo matrimônio sacramental, dom e riqueza da vida da Igreja e da sociedade. Restaurados pela Palavra desta Liturgia, busquemos a vivenciar o Amor constantemente em nossas vidas e, principalmente, intercedendo para que os casais, em suas vidas conjugais, possam vivenciar autenticamente a comunidade de amor, permanente e indissolúvel que Deus sempre sonhou. Assim, “feliz és tu se temes o Senhor e trilhas seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos hás de viver, serás feliz, tudo irá bem!” (cf. Sl 127,1-2)

Saudações em Cristo!

 

 

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