Pesquisa aponta quem são os bispos mais idosos e mais jovens em atuação no Brasil

Para traçar um perfil do episcopado brasileiro, Fernando Altemeyer Júnior, professor e doutor do Departamento de Ciência da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), que há mais de 20 anos desenvolve um trabalho de pesquisa e atualização dos dados relacionados aos bispos, divulgou, nesta semana, dados que mostram os bispos mais jovens e os mais idosos (em idade).

De acordo com a pesquisa, os bispos mais idosos do Brasil, com 99 anos de vida, são dom Aldo Mongiano, emérito da diocese de Roraima (RR), e dom Antônio Afonso de Miranda, emérito da diocese de Taubaté (SP). Em seguida estão dom Urbano José Allgayer, bispo emérito da então diocese de Passo Fundo (RS), com 95 anos; cardeal dom Serafim Fernandes de Araújo, emérito da arquidiocese de Belo Horizonte (MG), dom Manuel Edmilson da Cruz, emérito de Limoeiro do Norte (CE) e dom João Evangelista Martins Terra, emérito da arquidiocese de Brasília (DF), ambos com 94 anos.

A pesquisa do professor aponta que estão, ainda, entre os mais idosos o cardeal dom José Freire Falcão, arcebispo emérito de Brasília (DF) e os bispos dom José Mauro Ramalho de Alarcón Santiago, emérito da diocese de Iguatú (CE); dom Cândido Lorenzo Gonzáles, bispo emérito de São Raimundo Nonato (PI); dom Jaime Mota de Farias, emérito de Alagoinhas (BA) e dom Jacó Roberto Hilgert, emérito de Cruz Alta (RS), estes com 93 anos de idade. A lista apresenta também, com 92 anos, dom Walter Ivan de Azevedo, emérito da diocese de São Gabriel da Cachoeira (AM).

Já entre os mais jovens estão dom Ricardo Hoepers, da diocese de Rio Grande (RS), com 48 anos; dom Geovane Luís da Silva, auxiliar da arquidiocese de Belo Horizonte (MG); dom Júlio César Souza de Jesus, auxiliar de Fortaleza (CE) e dom Mário Spaki, da diocese de Paranavaí (PR), estes com 47 anos. Apontado como o mais jovem, segundo a pesquisa, está dom Valdemir Andrade Santos, bispo auxiliar de Fortaleza (CE), com 46 anos.

Para dom Ricardo Hoepers, ser considerado entre os mais jovens é um desafio e, ao mesmo tempo, uma responsabilidade. “Nós precisamos investir em uma Igreja em saída e sendo uma Igreja em saída, temos que ter os bispos falando todas as linguagens, conhecendo todas as áreas, sejam dos desafios entre os jovens, entre a família, entre os idosos. Então, eu acho que a CNBB hoje está conseguindo responder a todos estes desafios. Nós temos os bispos mais experientes, com anos e anos de trabalho, mas também temos bispos jovens que estão dispostos a renovar e a se aproximar, cada vez mais, dos jovens, por que este é um foco importante, de modo especial, a partir do Sínodo da Juventude e a nossa conferência também está preocupada”, afirma.

Por Sara Gomes

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