“16º Seminário com os bispos referenciais das CEBs e Laicato” fortalece acolhida das expressões laicais da Igreja no Brasil

“Ide pelo mundo inteiro e proclamai o Evangelho a toda criatura!” –  (Mc 16,15). O versículo bíblico está animando a realização do 16º Seminário com os Bispos Referenciais para as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e para o Laicato promovido pela Comissão Episcopal para o Laicato da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Presidente da CNBB, dom Jaime, e dom Giovane, presidente da Comissão para o Laicato da CNBB. | Foto: arquivo do encontro.

O encontro, que acontece na Casa dom Luciano, em Brasília, de 21 a 24 de agosto, tem o objetivo de avaliar o trabalho realizado no último quadriênio e apontar elementos para o 24º Plano de Pastoral da Comissão. Participam cerca de 64 pessoas, entre os quais 21 bispos referenciais que assumiram recentemente o acompanhamento das CEBs  e Laicato nos regionais da CNBB.

O bispo da diocese de Araguaína (TO) e presidente da Comissão Episcopal para o Laicato da CNBB, dom Giovane Pereira de Melo, destacou a convivência entre os novos bispos referenciais, com as diferentes expressões laicais da Igreja, a nova presidência da CNBB e também a nova presidência do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB).

“Tivemos agora a mudança dos bispos referenciais das CEBs e do Laicato nos regionais. Esses bispos estão vindo pela primeira vez no seminário, se inteirando da caminhada da Comissão, de suas atribuições como referenciais. O primeiro passo que estamos apostando é nesta interação e convivência para que eles tomem pé do trabalho que eles têm junto aos regionais”, disse.

Dom Giovane destacou também a importância de se compreender a amplitude da Comissão e as representações das expressões laicais que a integram. “Na Comissão, estão o CNLB, as CEBs, as comunidades novas, os movimentos e associações eclesiais, Família de Carismas, o Charis e o Centro de Fé e Política dom Helder Câmara. Os bispos referenciais precisam entender isto”, destacou.

O presidente da Comissão destacou que o novo plano quadrienal a ser construído, partindo das análises de conjuntura social e eclesial e dos 10 anos do pontificado de Francisco, considerará as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil e as questões pontuadas no Instrumentum Laboris do Sínodo sobre a Sinodalidade. “As atuais diretrizes continuam sendo para nós a fundamentação eclesiológica, teológica e pastoral”, disse.

Acolhida e comunhão com o laicato da Igreja no Brasil

Os participantes das diferentes expressões laicais da Igreja no Brasil destacaram, de forma unânime, um ponto comum sobre o 16º Seminário: a comunhão e acolhida da Igreja.

O membro do movimento Focolares e representante dos “Movimentos, associações e serviços eclesiais”, Aroldo Braga, reforçou que as expressões laicais estão se sentido acolhidas e inseridas no processo da Igreja no Brasil e da Comissão.

“Estou muito feliz em ver como tudo está sendo feito e a perspectivas de bons frutos a colher. A grande perspectiva que temos, no ano que vem, é fazer um seminário que leve os movimentos eclesiais a entender o seu papel na caminhada da Igreja e também o contrário, que a Igreja compreenda melhor esta caminhada dos movimentos e associações laicais”, disse.

A coordenadora nacional do CHARIS, Katia Roldi Zavaris, também participa do encontro. Ela destacou a inclusão e o acolhimento a todas as expressões laicais.

“A gente vê o rosto da nossa Igreja sendo contemplado com todas as suas expressões. É uma oportunidade de nós também podermos contribuir, enquanto expressões carismáticas no Brasil, com a caminhada da Igreja no país com a comunhão e o amor fraterno”, disse

Para o leigo Marista e membro da “Família de Carismas”, Edson Carlos Jardim, o encontro dá o sentido de maior pertença à Igreja e “puxa a nossa orelha, digamos assim, para uma caminhada mais sinodal e com mais apoio às expressões laicais”.

Ele conta que a Família de Carismas, criada em 2010, no âmbito da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), está passando por um novo processo de rearticulação após uma fase de esmorecimento. “Depois do último seminário presencial em 2019, saímos daqui com a intenção de rearticular novamente. Em 2021, recebemos o convite da Comissão e da Conferência dos Religiosos do Brasil e decidimos que temos que retomar”, contou.

A perspectiva sinodal, para a presidente do Conselho Nacional do Laicato no Brasil (CNLB), Sônia Gomes de Oliveira, é um marca deste 16º Seminário com os Bispos Referenciais para as CEBs e para o Laicato. “Esta comunhão que estamos tendo e de um diálogo aberto está sendo bom para todos nós. Precisamos caminhar juntos, pastores e cristãos leigos, numa perspectiva de uma Igreja que queremos para respostas à atualidade que temos”, disse.

Presidente do CNLB destaca a comunhão e o diálogo. | Fotos: Willian Bonfim – Ascom CNBB.

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