17 de outubro: Dia Internacional de Erradicação da Pobreza

Hoje, 17 de outubro, é o Dia Internacional da Erradicação da Pobreza. Por ocasião da data, o dom Guilherme Werlang, bispo de Lajes (SC), escreveu artigo no qual fala que apensar de ter diminuído drasticamente, a fome e a miséria extremas ainda estão muito acima do aceitável. O bispo cita dados da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), para quem mais de 840 milhões de pessoas continuam sofrendo de fome excessiva entre os anos de 2011 e 2013, em todo o planeta.

No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou ontem, dia 16 de outubro, uma pesquisa na qual aponta que o rendimento médio mensal de trabalho da população 1% mais rica foi quase 34 vezes maior que da metade mais pobre em 2018. Isso significa que a parcela de maior renda arrecadou R$ 27.744 por mês, em média, enquanto os 50% menos favorecidos ganharam R$ 820.

O bispo de Lajes denuncia que no Brasil ainda temos mais de 16 milhões de pessoas que passam fome todos os dias ou vivem abaixo da linha da pobreza e na miséria absoluta. Diante deste quadro, pergunta o bispo: Como chamar de cristão um país desses, com centenas de igrejas entre católica, protestantes e evangélicas, quando o mandamento maior dado por Jesus é o amor ao próximo?

Veja o artigo na íntegra:

17 de outubro: Dia Internacional da Erradicação da Pobreza

Em números globais a fome e a miséria extremas, diminuiu drasticamente, mas ainda está muito, muito acima do aceitável, se é que se poderia aceitar que uma única pessoa do mundo passasse fome ou vivesse na miséria absoluta.
“Em 1990, aproximadamente 43% da população mundial vivia em pobreza extrema, com menos de 1,25 dólares por dia. Este número reduziu para 21%, mas ainda há muito trabalho pela frente, especialmente no continente africano”.

“O Dia Internacional Para a Erradicação da Pobreza surgiu a partir de uma iniciativa de Joseph Wresinski, em 17 de outubro de 1987. Nesta data, Wresinski reuniu cerca de 100 mil pessoas para celebrar o primeiro Dia Mundial para a Erradicação da Miséria, na Praça dos Direitos Humanos e Liberdade, no mesmo lugar que foi assinada a Declaração dos Direitos Humanos, em 1948, em Paris.

Um enorme cartaz foi colocado em frente da Torre Eiffel com os seguintes dizeres: “Onde homens e mulheres estão condenados a viver em extrema pobreza, direitos humanos são violados. Unir-se para fazer com que sejam respeitados é um dever sagrado”(P. Joseph Wresinski).

Como marco da reunião de 1987, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, decretou em 1992 o dia 17 de outubro como Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza”.

O Dia Internacional da Erradicação da Pobreza tem por objetivo conscientizar a sociedade e os governos do,” ainda grande e inaceitável número de humanos que vivem com fome e na miséria absoluta e extrema e fazer com que tomem decisões de políticas públicas para resolver este problema que tem soluções possíveis. Também fazê-los governar com Justiça Social, realizando a distribuição equitativa dos enormes recursos financeiros, econômicos e alimentos disponíveis dentro dos países e entre as nações.

“A pobreza extrema é considerada um crime contra os Direitos Humanos, e todos os governos devem assegurar que os seus habitantes vivam com qualidade de vida e dignidade”.

“De acordo com dados da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), mais de 840 milhões de pessoas continuam sofrendo de fome excessiva entre os anos de 2011 e 2013, em todo o planeta”.
No Brasil ainda temos mais de 16 milhões de pessoas que passam fome todos os dias ou vivem abaixo da linha da pobreza e na miséria absoluta.

Dizer isso talvez não impressione tanto quanto dar números comparativos. Então vamos ver o que isto significa por estado brasileiro.

Somente três (3) estados, São Paulo com mais de 45 milhões; Minas Gerais com pouco mais de 21 milhões e Rio de Janeiro com quase 17 milhões de habitantes, superam o número de pobres e miseráveis do total de brasileiro. Todos os demais estados têm menos habitantes do que os que passam fome ou vivem na miséria extrema no Brasil.

Se somarmos os habitantes dos estados de Goiás onde vivi mais tempo de minha vida e Santa Catarina onde vivo agora, chegamos a aproximadamente 14 milhões de habitantes. Isto quer significar que se pudéssemos juntar em um mesmo espaço todos os moradores desses 2 estados e a seu lado todos os pobres que passam fome e os que vivem na extrema miséria, estes últimos somariam mais pessoas que os 2 estados juntos.

Como chamar de cristão um país desses, com centenas de igrejas entre católica, protestantes e evangélicas, quando o mandamento maior dado por Jesus é o amor ao próximo?

VIVER o cristianismo e GOVERNAR COM PRINCÍPIOS VERDADEIRAMENTE CRISTÃOS poderia ser nossa solução PARA A ERRADICAÇÃO DA POBRES E MISÉRIA ABSOLUTA EM NOSSO PAÍS.

+ Guilherme Antonio Werlang

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