24º domingo do Tempo Comum: Exaltação da Cruz

Texto inspirador: “de fato, Deus não enviou seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele”.

Os temas-chaves do evangelho hodierno são: Deus, vida eterna, filho do homem, filho unigênito, bem como os verbos e formas verbais: crer, morrer, amar, condenar ou então ser salvo. Em torno deles, está o ensinamento de Jesus que visa a salvação da humanidade e não sua condenação pois, tanto Deus amou o mundo, que deu seu próprio Filho, para salvá-lo. A salvação foi opção de Jesus, mas o instrumento usado foi imposição nossa: A cruz.

Deus Pai, amorosamente aceitou que seu filho unigênito, fizesse a experiencia de se tornar homem para que este pudesse vivenciar a experiência de tornar-se filho de Deus. Por isso, deverei afirmar: Deus investiu altíssimo na humanidade pecadora, para salvá-la. Portanto, somos salvos, pela graça de Deus, pela qual devemos livremente colaborar.

Neste dia, (14/09) a Igreja ainda nos recorda, de modo muito consciente, a Exaltação da Santa Cruz, depois de nela ter apresentado, o instrumento cruel de nossa salvação. De fato, a cruz não foi fruto do acaso na vida de Jesus, nem escolha pessoal, mas consequência de seu anúncio e vivência de seu evangelho. Ele testemunhava o que pregou, enfrentava prepotentes, interesses de grupos dominantes e de religiosos mais interessados no dízimo, no que na glória de Deus. Tudo tem um custo na vida: a fidelidade a Jesus também.

Ele foi também fiel. Em nossos dias estamos enfrentando relativismo, ateísmo, geopolítica agressivas, secularização, abusos de poder, do ter e do prazer etc. Em nossos tempos, há ainda não poucos que são martirizados, unicamente porque creem em Cristo, ou anunciam e o seguem.

Busquemos então, no poder da palavra de Deus, cujo o mês estamos vivenciando, nossa força e perseverança, para sermos fiéis. Para isso, devemos ouvi-la, estudá-la, vive-la e assim, fazendo, anunciá-la, testemunhando-a.

Dom Carmo João Rhoden
Bispo Emérito de Taubaté (SP)

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