Aconteceu no dia 1° de julho na Faculdade Bagozzi, em Curitiba (PR), a 17ª Assembleia Arquidiocesana da Pastoral Familiar promovida pela Comissão Família e Vida. A Assembleia trouxe para a discussão junto às lideranças pastorais da Arquidiocese a aprovação das orientações do documento para os Encontros de Preparação de Noivos ao Matrimônio.
O documento é resultado de um estudo de pelo menos três meses do Setor Pré-Matrimônio acerca da preparação matrimonial, somada à experiência da equipe com os noivos, acumulado em 15 anos. Pela primeira vez na história da diocese, foi organizado um documento de autoria arquidiocesana para os Encontros de Noivos, ou seja, formulado a partir da realidade local da Igreja, em consonância com o plano da ação evangelizadora.
Cerca de 300 lideranças da Pastoral Familiar, entre líderes de movimentos e sacerdotes, participaram da assembleia e da plenária de encerramento. Esteve presente também o coordenador arquidiocesano da Ação Evangelizadora, padre Rivael de Jesus Nacimento.
O evento foi iniciado com a santa missa às 8 horas, presidida pelo bispo auxiliar e referencial da Comissão Família e Vida, Dom João Carlos Seneme. Após a Missa e o café da manhã, teve início no auditório uma palestra formativa e metodológica sobre o tema “Preparação de noivos, oportunidade de evangelizar”, assessorada pela coordenação da assessoria pedagógica do Instituto Nacional da Família e da Pastoral Familiar (INAPAF), o casal Eunides Lugnani e João Bosco. Após a palestra, os agentes reuniram-se em grupos para a análise das orientações do documento, que foi concluída com a plenária no fim da tarde.
A palestra situou a atuação da Pastoral Familiar na Igreja do Brasil e o trabalho de preparação de noivos nas atividades do Setor Pré-Matrimônio. “Tudo isso existe para anunciar a Boa Nova, para prestar um serviço de apoio à família, para que, a partir da sua realidade, ela possa se desenvolver com dignidade e formar as novas gerações conforme o plano de Deus”, concluiu João Bosco, reafirmando que o casal é a base de uma família, célula primeira e vital da sociedade.
O trabalho da Pastoral Familiar junto aos casais na atual conjuntura não é tarefa fácil, opina o casal, principalmente diante do amadorismo que ainda é frequente na formação dos noivos. “Em nossas andanças por este imenso Brasil, presenciamos dioceses que ainda resistem à atuação da Pastoral Familiar. Uma barreira que dificulta na missão de seus agentes para com a grande prioridade pastoral da Igreja, que é a família”, salienta o casal. E sem uma família respeitada e estável, “não pode haver organismo sadio e uma verdadeira comunidade eclesial”, segundo o papa João Paulo II, em mensagem proferida no ano de 1991 aos bispos brasileiros, em Minas Gerais.
Mesmo diante dos atuais desafios da Pastoral Familiar, a coordenação da Comissão Família e Vida da Arquidiocese, Janete e Afonso Schionteck, mantem-se otimista e empenha-se no trabalho de evangelização das famílias. “Queremos fortalecer a Igreja com a formação da célula fundamental da sociedade. Apresentam-se diante de nós, não problemas a resolver, mas oportunidades para evangelizar”, observou o casal que avaliará o documento e o encaminhará para ser publicado pelo arcebispo, Dom Moacyr Vitti, no 2º semestre deste ano. “A partir daí, iniciaremos o processo de formação dos agentes para apoiar as paróquias e setores na implantação dos encontros de noivos seguindo as orientações aprovadas na Assembleia”. Para a formação destes agentes, a Comissão Família e Vida conta com o seu núcleo de formação, a Escola Sagrada Família, que oferecerá formação conforme a demanda.
