30 mil pessoas participaram, nesse domingo, 13, das comemorações do padroeiro da arquidiocese de Juiz de Fora (MG) nas principais celebrações realizadas na cidade: catedral metropolitana (paróquia Santo Antônio) e Seminário arquidiocesano Santo Antônio. O santo, conhecido popularmente com protetor dos pobres e casamenteiro, é ainda patrono da cidade de Juiz de Fora.

Houve na catedral oito celebrações com distribuição dos tradicionais pãezinhos de Santo Antônio (foram mais 30 mil pães distribuídos na igreja). Uma imagem do santo ficou exposta na porta do templo para a visitação dos fiéis. Já a instituição referência em formação de sacerdotes da região, Seminário arquidiocesano Santo Antônio, celebrou a data com a tradicional feira de Santo Antônio, além de almoço e duas missas.

Em missa presidida no seminário, o arcebispo metropolitano, dom Gil Antônio Moreira, explicou que a data é especial para a Igreja Particular de Juiz de Fora, pois a festa do padroeiro está em sintonia com o I Sínodo Arquidiocesano. “Seis meses depois do início de nosso Sínodo aqui estou usando novamente, assim como na abertura, o primeiro báculo usado por dom Justino José de Santana (primeiro bispo da então diocese de Juiz de Fora)”, ressaltou o arcebispo destacando que o gesto é um resgate histórico, uma das propostas do Sínodo.

O encerramento do Ano Sacerdotal também foi lembrado pelo arcebispo. Para ele, os padres e os seminaristas devem ter no padroeiro da arquidiocese, o exemplo de sacerdote. Em sintonia com ano dedicado aos presbíteros, o seminário arquidiocesano distribuiu durante toda a trezena de Santo Antônio, nomes de padres da arquidiocese para que o fiel rezasse por aquele sacerdote.

Para Dom Gil, um dos principais legados deixados pelo santo de Pádua é que a Palavra de Deus só tem efeito se for transformada em obras. “Ele não tinha apego material e pregava a palavra com convicção de discípulo/missionário. Que todos saibamos seguir seu exemplo, renovando a cada dia nosso propósito de sermos fiéis ao Pai”, declarou.

A devota de Santo Antônio, Maria Ferreira, diz que o pão do santo tem um sentido especial para sua família. “Todos os anos faço questão de freqüentar as missas do padroeiro e levar o pãozinho para minha família. Através da intercessão do santo há sempre muita fartura de comida em minha casa. Em contrapartida lembramos sempre de ajudar os mais necessitados, seguindo o exemplo de Antônio”, declarou.

Ao final da celebração, o arcebispo abençoou os pães com a relíquia de Santo Antônio, que veio diretamente da Itália e foi doada, recentemente, ao seminário.

Sínodo Arquidiocesano
Desde o dia 13 de dezembro, a arquidiocese de Juiz de Fora está celebrando o I Sínodo. Trata-se de um instrumento para refletir sobre o que de bom foi construído e o que falta construir na Igreja Particular de Juiz de Fora.

Para isso, mais de 100 pessoas foram delegadas como missionários sinodais e estão percorrendo as paróquias, conversando com as comunidades e fazendo um levantamento de dados. Além da avaliação dos 85 anos de história da arquidiocese, o presente e o futuro também vão ser avaliados.

O tema é “Arquidiocese de Juiz de Fora:  uma Igreja sempre em Missão” e o lema “Fazei discípulos meus” (Mt 28,19). A previsão é que o Sínodo seja encerrado em 21 de novembro de 2010 e logo após será publicado um livro com as principais considerações.