No 6º Domingo da Páscoa, 25 de maio, o bispo de Frederico Westphalen, no Rio Grande do Sul, dom Antônio Carlos Rossi, compartilhou uma reflexão em seu artigo intitulado “A Paz que vem do Espírito Santo”, abordando os temas centrais da liturgia dominical e preparando o coração dos fiéis para a celebração de Pentecostes. O bispo convida os cristãos a acolherem a promessa de Jesus: a presença viva do Espírito Santo, fonte de paz verdadeira e guia da Igreja em sua missão no mundo.

A mensagem central do artigo ressalta que a paz de Cristo transcende a ausência de conflitos. “É uma paz que nasce da certeza da presença de Deus em meio às lutas e desafios da vida cotidiana”, diz. Dom Antônio destaca que essa paz se constrói com amor, verdade e fidelidade ao projeto divino.

Unidade e escuta: ação do Espírito na comunidade

Inspirando-se na Primeira Leitura (At 15,1-2.22-29), o bispo enfatiza como o Espírito Santo guiou os apóstolos a tomarem decisões em favor da unidade da Igreja primitiva, mesmo diante de divergências. O discernimento coletivo, expressado nas palavras “pareceu bem ao Espírito Santo e a nós”, mostra que a paz comunitária nasce do diálogo, da escuta e da abertura à vontade de Deus.

Louvor e missão: a alegria que une os povos

O Salmo 66, destacado por dom Antônio, expressa o júbilo da salvação universal. “Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor” é mais do que um convite ao louvor — é um chamado a testemunhar, com alegria, a bondade divina que se estende a todos os povos. Para o bispo, a verdadeira paz também é missão: levar esperança e consolo ao próximo.

A esperança da paz plena

Na Segunda Leitura (Ap 21,10-14.22-23), a visão da nova Jerusalém — uma cidade sem templo, iluminada pela presença de Deus e do Cordeiro — é interpretada como a realização plena da paz prometida. Segundo dom Antônio, essa imagem fortalece a esperança cristã e inspira os fiéis a viverem já no presente os sinais da eternidade, sendo construtores da paz no mundo.

A paz que vem de Cristo

No Evangelho (Jo 14,23-29), Jesus promete aos discípulos o Espírito Santo e lhes oferece a paz: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou”. Dom Antônio ressalta que essa paz não depende de circunstâncias externas, mas da confiança em Deus e da vivência do amor cristão. O bispo reforça a importância de acolher o Espírito Santo, que ensina, consola e impulsiona à vivência do Evangelho.

A Paz como dom e missão

Por fim, dom Antônio Carlos afirma que a paz de Cristo deve ser cultivada no cotidiano, especialmente por meio da unidade nas famílias e comunidades, da vivência da esperança e da abertura constante ao Espírito Santo. Ele encoraja os fiéis a buscar a reconciliação, praticar a solidariedade e aprofundar-se na vida de oração e sacramentos.

“Que Maria, Rainha da Paz, nos ajude a ser instrumentos da paz de Cristo no mundo”, finaliza o bispo, deixando uma mensagem de fé, esperança e compromisso para os cristãos que caminham rumo a Pentecostes.