Das Conferências sobre Segurança

Em agosto acontecerá em Brasília a 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública. Pela primeira vez a sociedade brasileira é chamada a participar dessa Conferência, através da promoção de fóruns locais e regionais, municipais e estaduais. A sociedade precisa se envolver na busca de soluções para a violência generalizada e estruturada nos perfis da apartação social e da perversidade do crime – organizado ou não.

A realização desses fóruns está por conta dos parlamentares e gestores locais. A Arquidiocese da Paraíba reunirá representantes de segmentos sociais na tentativa de facilitar a participação de lideranças. Nosso primeiro encontro está marcado para o próximo dia 30, às 17h, na Cúria Metropolitana.

Evidentemente, nossa participação não poderia se limitar à preparação da referida Conferência. Devemos garantir a continuidade de reflexões sobre as graves questões sociais que praticamente destroem ou impedem o desenvolvimento das pessoas, da família e do próprio Estado. Para isso é preciso ficar por dentro do que já se tem em vista como perspectivas para a superação da violência estrutural.

A Conferência trabalha com 7 eixos fundamentais e com 21 propostas concretas. O denominador comum é a educação para a concidadania, num processo permanente, exigente, compromissado. Nesse sentido, o Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci) surgiu como uma espécie de “PAC” para a superação da violência, com projetos que se materializam em atividades pedagógicas, educando a população para a convivência social com concidadania.

Não se pode negar que o nosso sentimento de dúvida e de esmorecimento nos tenta ante os fatos desabonadores de políticos envolvidos em escândalos de corrupção. Por outro lado, nossa peleja construtiva exige um compromisso efetivo na busca de soluções, enfrentando obstáculos e contradições inevitáveis. Ora, a segurança pública é uma área bem difícil.

Para concretizar o processo de novos paradigmas e estratégias de segurança pública com cidadania, o processo agrega gestores e atores que representam diversos segmentos da sociedade civil, discutindo e construindo juntos os princípios e as diretrizes da área de segurança, direito do cidadão e dever do Estado. Porém, sem se envolver e sem participar, esperem até quando Jesus prometeu voltar à terra estabelecendo a paz definitiva.

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