Diocese de Oeiras coleta mais de 1,7 mil assinaturas para Reforma Política

“Sua assinatura vai virar lei”. Este foi o lema utilizado para motivar os fiéis da diocese de Oeiras (PI) a participarem da coleta de assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular pela Reforma Política, uma iniciativa da  Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, da qual a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) faz parte ao lado de mais cem entidades. A iniciativa na diocese piauiense contou com a colaboração da subseção local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Cáritas Diocesana, do Centro Educacional São Francisco de Assis (Cefas) e da Pastoral da Juventude, e resultou em mais de 1,7 mil assinaturas.

Em Oeiras, cinco postos foram montados para receber as assinaturas. Ainda foram distribuídos materiais de divulgação nas igrejas da diocese, como faixas e banners. As instituições parceiras também realizaram ações para chamar a atenção sobre a importância do projeto.

O bispo de Oeiras, dom Juarez Souza, comentou o trabalho realizado desde o período quaresmal quando, por ocasião da Campanha da Fraternidade 2015, as igrejas particulares foram chamadas a participar da iniciativa. “Incentivar e conscientizar as pessoas no período quaresmal sem fazer com que elas achem que a Igreja está sendo tendenciosa é muito complicado, mas com muito esforço e muita fé em Deus para ver um Brasil melhor e mais democrático valeu a pena colher as mais de 1700 assinaturas”, contou.

Em todo o regional Nordeste 4 da CNBB, as lideranças têm participado dos eventos promovidos pelas entidades que apoiam o projeto da Reforma Política.

O secretário executivo do regional, padre Luiz Eduardo do Nascimento Bastos, ressalta a importância da CNBB na proposição de projetos que promovam mudanças significativas na democracia brasileira. “Um exemplo disso é a lei da ficha limpa, na qual a Igreja teve um papel fundamental para que essa lei saísse do papel e se tornasse um marco na nossa política”, recorda.

Coalizão

O projeto proposto pela Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas – formada por mais de 100 entidades, entre elas a CNBB, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a União Nacional dos Estudantes (UNE) – cobra medidas urgentes, entre elas: 1) afastar a influência do poder econômico das eleições, proibindo a doação de empresas; (2) necessidade de reformular o sistema político, incluindo a questão de gênero e estimular a participação dos grupos sub-representados; (3) regulamentação do artigo 14 da Constituição, em favor da democracia direta; (4) melhorar o sistema político partidário, aumentando a participação de militantes e filiados em torno de um programa político; (5) fidelidade partidária programática.

 

 

 

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