A arquidiocese de Manaus realizou, no fim de semana, dias 9 e 10, encontro de formação de agentes da Pastoral Familiar que cuidarão das famílias em “situações especiais”. O encontro contou com a assessoria do casal, Cláudio e Maria do Rosário, do Regional Leste 2 da CNBB (Minas Gerais e Espírito Santo), que trouxe a experiência desenvolvida por eles neste Regional.
Os assessores, que durante onze anos trabalharam na Igreja como casal de segunda união, discorreram sobre sua caminhada e, sobretudo, revelaram como, nessa situação, alimentaram sua espiritualidade. Somente em 2010 foi reconhecida pela Igreja a nulidade de seu primeiro casamento; eles agora são unidos pelo sacramento do Matrimônio.
As situações especiais
“Não se reduzem apenas aos casais em segunda união: casados na Igreja, divorciados civilmente e novamente unidos pelo casamento civil; como alguns chegam a pensar. Há um urgente trabalho a ser feito em prol das famílias que vivem outras situações diversas, mas igualmente denominadas ‘difíceis’ ou ‘especiais’”, explicou o assessor da Pastoral Familiar na arquidiocese de Manaus, padre Sebastião Sant’Ana.
De acordo com ele, são casos especiais: católicos unidos apenas no civil; as uniões de fato (unidos, mas sem vínculo civil ou religioso); casais que se separam, mas mantêm a fidelidade ao vínculo conjugal; casamento religioso precedido por um divórcio civil; crianças e famílias em situação de risco pessoal e social; crianças e adolescentes desprotegidos, abandonados e em perigo; famílias de migrantes; outras situações especiais.
“Um exemplo claro dessas situações é a dos casais que vivem uma “união de fato”, isto é, apenas se juntam, sem nenhum vínculo institucional, seja civil ou religioso. Ao formarem uma nova família, não levam em conta a mediação ou reconhecimento da sociedade ou da Igreja”, destacou um dos casos, o assessor.
