Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)
Ao celebrarmos a festa da Independência de nossa querida Pátria, vem ao nosso encontro propósitos e sentimentos alviçareiros. Para um cristão que vive sua missão peregrina rumo a Pátria definitiva, não lhe é indiferente o desígnio e destino das Nações, precioso para a Providência divina. Mais ainda nesta Terra que, desde a Criação, se viu abençoada pela beleza natural transbordante de nossas florestas, rios e fauna.
Povoada por vários contingentes humanos e etnias diferenciadas, se obteve uma família brasileira cordial, hospitaleira, risonha, talentosa e cheia de encanto e ginga. A história e as tradições revelaram conflitos e dificuldades de incluir a todos/as na justiça social e na longa caminhada do reconhecimento dos direitos humanos e sociais. Nascida em torno à Santa Cruz e religiosidades profundamente místicas, nunca faltou ao brasileiro a capacidade de sonhar e, com ajuda da esperança, repensar e reinventar seu pais.
É chegada a hora de fazer ecoar o grito dos excluídos: “A vida em primeiro lugar! A desigualdade gera violência! Basta de privilégios!”. Junto à alegria de pertencermos a esta Terra esplendorosa, levantamos a esperança clara e lúcida de um país que retome um projeto soberano de desenvolvimento integral, solidário e sustentável, renovando, nos 30 anos da Constituição Cidadã de 1988, o firme propósito de sermos uma Democracia plena e adulta, no marco institucional de um Estado Social de Direito. Queremos sonhar com uma Pátria acolhedora e responsável, pelos mais de 200 milhões de filhos desta Terra, sem excluídos nem marginalizados do banquete e da festa da vida. A paz é obra da justiça, e crescem inseparáveis e juntas, que Nossa Senhora Aparecida Rainha e Mãe de todos os brasileiros, nos ajude a construir uma Nação inclusiva, participativa, justa e fraterna, que traga vida em abundância para todas as pessoas e criaturas da nossa querida Terra: Pátria Amada Brasil! Deus seja louvado!
