O ser humano egoísta, fechado em si mesmo, procura a própria glória. Jesus, cumprindo a vontade do Pai, dá glória a Deus e mostra que o projeto divino é ser plenamente humano: as pessoas o escutarão vivendo o amor que tem como único ponto de referência a vida e ação de Jesus.
Para realizar esse projeto, que é, ao mesmo tempo, divino e humano, os cristãos são convidados a reforçar constantemente suas opções, a fim de superar, vitoriosos, as tribulações, mantendo-se unidos na fé e no amor.
Em Jesus, Deus se tornou um de nós, tornando possível a intimidade de Deus com as pessoas. Jesus dera o exemplo. Pouco antes, lavara os pés dos discípulos, mostrando o que é amar. “Como eu os amei.” O amor é gratuito. Ele não pede amor para Ele, mas para os irmãos.
O Amor é ativo. Deve ser manifestado em gestos. Dessa forma, a revelação de Jesus se prolonga no amor das pessoas na comunidade: “Nisso conhecerão que vocês são meus discípulos, se tiverem amor uns para com os outros.”
O mundo, diante do amor, que é uma maneira de Cristo estar presente, acreditará n’Ele. Esse mandamento, característico de Jesus, é, antes de tudo, um novo modo de vida, um novo objetivo.
Para Cristo, e também para a Igreja, o amor é a base de tudo e nele tudo tem valor, enquanto que, sem ele, nada é agradável a Deus. Esse amor de que Jesus fala não é senão o amor divino que nos foi dado pelo Espírito Santo.
Percebido no Batismo, ele nos insere na Trindade, fazendo-nos filhos de Deus. É amando como Jesus que a terra se une ao céu. E é por meio desse amor que a realidade divina vive na terra, dando-nos a certeza de que o paraíso se constrói aqui, como uma antecipação da graça definitiva no céu.
Somos cristãos à medida que amamos e expressamos esse amor como Jesus: fazendo a vontade do Pai, construindo seu Reino, deixando cair por terra à mentira que nos impede de dar ao mundo a resposta que Deus deseja. Nunca deixemos de amar, particularmente os que nos perseguem, caluniam e injuriam. Mais do que amar por fora, devemos amar em gestos concretos, de tolerância, de amor e de recuperação dos que insistem em não amar. Amar a Deus no próximo e nos que são pedra em nossos sapatos é a gênese da vida cristã, ensinada pelo Ressuscitado!