Arcebispo de Passo Fundo (RS) fala da participação como forma fundamental de mudar o Brasil

Em artigo publicado na seção de artigos no Portal da CNBB dia 6 de setembro, às vésperas do comemoração do dia da Pátria, o arcebispo de Passo Fundo (RS), Dom Rodolfo Luís Weber, olha para as experiências do passado para projetar o futuro. “Não se vive só do passado recordando e cantando aqueles feitos, porém eles não podem ser esquecidos, perdidos e nem relativizados”, afirma seu texto.

Após a Semana da Pátria, no Rio Grande do Sul, celebra-se a Semana Farroupilha. “Os líderes e outras pessoas envolvidas naqueles acontecimentos, certamente, sonharam e tinham perspectivas de profundas mudanças para melhorar vida da população. Ainda mais que se tratava de implantar um novo modelo de governo”, escreveu.

O desenvolvimento histórico, defende seu artigo, não é só ascendente e nem isento de crises. “Chegamos ao momento presente no qual os atuais cidadãos assumem a responsabilidade de construírem o Brasil e o Estado. Tarefa que não pode ser simplesmente delegada para alguns”, reforça.

O prelado, destaca em seu texto, que a Doutrina Social da Igreja tem entre seus ensinamentos o princípio da subsidiariedade. “É impossível promover a dignidade da pessoa sem que se cuide da família, dos grupos, das associações, das realidades territoriais locais, em outras palavras, daquelas expressões agregativas de tipo econômico, social, cultural, desportivo, recreativo, profissional, político, às quais as pessoas dão vida espontaneamente e que lhes tornam possível em efetivo crescimento social”, (Compêndio da DSI, nº 185).

Do Estado, para o religioso, se espera uma atitude em sentido positivo que se expressa em ajuda econômica, institucional, legislativa oferecida às entidades sociais menores e outra de implicações negativas, que impõem ao Estado abster-se de tudo o que venha a restringir o espaço vital das células menores e essenciais da sociedade.

O arcebispo acredita ser a participação do cidadão para contribuir na vida cultural, econômica, política e social da comunidade a que pertence é uma forma fundamental de ajudar a construir a pátria. A participação pode ser individual ou de forma associativa. “A participação é um dever a ser conscientemente exercido por todos, de modo responsável em vista do bem comum”, defende.

O voto, em sua avaliação, é uma forma muito importante de participação que exige dos votantes um grande processo de discernimento para fazer a melhor escolha possível. As próximas eleições, segundo seu artigo, desafiam os cidadãos a dedicarem um bom tempo para escolher em quem e como votar para Presidente, Senador, Deputado Federal, Governador e Deputado Estadual. “É indispensável fazer uma leitura da realidade; saber distinguir as funções e competências de cada função; fazer o discernimento sobre os candidatos: postura ética, propostas, a competência”, argumenta.

 

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