Bispos brasileiros avaliam encontro internacional da Repam

O secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, participou do evento

“É muito interessante conhecer a experiência do Equador, da Amazônia colombiana e do Peru”, comentou o arcebispo de São Luís (MA), dom José Belisário da Silva. Ele e outros seis bispos brasileiros participaram do Encontro da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam), em Bogotá, de 16 a 18 de novembro.

O encontro recebeu representantes de diversas instâncias eclesiais, com a proposta de refletir sobre a missão do papa Francisco, à luz da Encíclica Laudato Si’ , e de debater a articulação com o Pontifício Conselho Justiça e Paz no serviço do território Panamazônico. As lideranças traçaram estratégias para dar visibilidade à Repam, que tem como missão ouvir os clamores, esperanças e horizontes dos povos indígenas da região.

“Pertencemos a uma região de transição e participar deste encontro me convence que realmente pertencemos à Amazônia Legal e o Maranhão pode ser dado como exemplo daquilo que não se deve repetir no resto da Amazônia. A Rede Pan-Amazônica pode ter uma incidência significativa dentro do nosso trabalho, especialmente no nosso caso, do Maranhão. No próximo ano, teremos dois seminários de estudos, partindo da Laudato Si’, que nos leva a uma reflexão e um estudo sobre a nossa região Pan-Amazônica”, disse dom Belisário.

Amazônia legal

Entre os representantes do Brasil estavam o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Steiner; o bispo auxiliar de Manaus (AM), dom Mário Antônio da Silva;  o prelado de Óbidos (PA), dom Bernardo Johannes, o bispo de Miracema (TO), dom Philip Dickmans; o bispo de Juína (MT), dom Neri Tondello; arcebispo de São Luís (MA), dom Belisário da Silva e o arcebispo de Porto Velho (RO) e presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), dom Roque Paloschi.

Para o bispo de Juína (MT), dom Neri Tondello, a Repam está se configurando em um projeto para toda a Amazônia continental e Amazônia legal no Brasil. “Trata-se de um projeto que vai mostrando sua configuração, seu rosto, com medidas e estratégias comuns, e ali podemos sentir a força de um projeto maior e também, quem sabe, a Repam pode intermediar o diálogo entre a sociedade civil – os nossos pequenos – com as autoridades que governam o nosso país, órgãos públicos, e assim por diante. Por aí, teremos um diálogo que vai fortalecer a democratização das oportunidades ao alcance de toda a população”, avalia dom Neri.

CNBB com informações da Rádio Vaticano.

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