Uma audiência pública para debater questões relacionadas à saúde foi realizada na tarde do dia 17 de maio, no plenário da Câmara de Curitiba (PR). O evento, proposto pelo vereador Pedro Paulo (PT), foi relativo à Campanha da Fraternidade de 2012, que tem como tema “Fraternidade é Saúde Pública”.
Atuaram como palestrantes o arcebispo de Curitiba, dom Moacyr José Vitti; o coordenador da Ação Evangelizadora da Arquidiocese, padre Rivael de Jesus Nacimento; a médica Karin Regina Luhn, do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, e Ezia Corradi, primeira-secretária do Conselho Municipal de Saúde. A audiência contou ainda com a participação de representantes de diversas comunidades, pastorais, entidades e movimentos sociais.
As discussões foram iniciadas por dom Moacir Vitti, que falou sobre o histórico das campanhas, realizadas desde 1964. Para o arcebispo, a saúde pública clama por uma revisão e também por melhorias. “Não é só uma questão governamental. Toda a sociedade deve lutar por mais qualidade e se fazer presente. É necessário mobilização, como acontece nos conselhos e conferências de saúde”, propôs.
Outro palestrante, padre Rivael de Jesus Nacimento, destacou que a campanha não pretende fazer um embate com o SUS. “Pelo contrário, nossa intenção é ser parceiro na formulação de políticas públicas nesta área”. O religioso enumerou o tripé em que a campanha está firmada: vida saudável, atenção aos enfermos e melhorias no SUS.
Representando a Secretaria Municipal de Saúde, Karin Regina Luhn apresentou um balanço da rede municipal, ressaltando números e os principais programas de atendimento. “Somos a melhor capital na redução da mortalidade infantil e esse resultado foi alcançado através de uma parceria com a Pastoral da Criança. Precisamos desenvolver outros caminhos como esse, para melhorarmos nossos atendimentos”, avaliou.
Ezia Corradi exibiu um vídeo que mostra ações do Conselho Municipal de Saúde e explicou o seu funcionamento. A conselheira explanou sobre a importância da participação popular e do controle social no SUS.
Debates
Os participantes fizeram uma série de questionamentos aos palestrantes. Entre os assuntos mais abordados estão a necessidade de mais médicos nos Centros Municipais de Urgências Médicas, questões salariais destes profissionais, problemas nos atendimentos de urgência (Samu e Siate), demora para realizar exames e falta de medicamentos.