Teve início na tarde desta sexta-feira, 26, na Chácara Manacá, em Samambaia, cidade satélite de Brasília (DF), a Assembleia Nacional da Pastoral Carcerária (PCr). O evento reúne cerca de 60 coordenadores e representantes estaduais da PCr de todas as regiões do país.
Até domingo, 28, o encontro vai pautar dois temas principais: como ampliar o número de agentes voluntários para a PCr e como desenvolver a catequese no cárcere com as pessoas privadas de liberdade.
Para falar da parceria firmada entre Comissão de Catequese da CNBB e Pastoral Carcerária, esteve na abertura do evento, o bispo da Cidade de Goiás (GO) e presidente da Comissão Episcopal Bíblico Catequética, dom Eugênio Rixen. Ele destacou aos participantes que a parceria tem por objetivo evangelizar os encarcerados. “Precisamos fazer um trabalho de formação bíblico-catequética e evangelizar os encarcerados”, disse o bispo. Ele também destacou que os trabalhos estão em andamento, inclusive com reuniões marcadas para a elaboração de um subsídio de formação especial para o encarcerados.
“Já nesta semana nos reunimos com o coordenador nacional da PCr, padre Valdir João Silveira, e com a as assessoras da Comissão de Catequese, irmã Zélia Maria Batista e Cecília Rover, e traçamos algumas orientações. A Palavra de Deus é fantástica e para os presos é uma mensagem de libertação e de esperança”, disse dom Eugênio. Está agendada para os dias 14 e 15 de abril de 2011, a próxima reunião que definirá detalhes da parceria.
Com relação ao número de agentes da PCr, padre Valdir destacou que ainda são poucos para fazer um trabalho de qualidade em todo o país. Por isso, o tema será norteador durante os três dias de Assembleia. “Temos hoje 6 mil agentes voluntários da PCr em todo o país, mas esse número ainda pequeno se consideramos que há disparidades em alguns estados brasileiros. Na Assembleia iremos traçar metas para conseguirmos mais agentes e aumentar nosso efetivo”, pontuou o coordenador.
“A troca de experiências será um momento importante do encontro, pois o que um coordenador do Mato Grosso, por exemplo, expõe, um do Ceará aproveita para aplicar no seu estado”, foi o que disse a vice-coordenadora nacional da Pastoral Carcerária, Hide Ann Cernecka. Ela também mencionou que uma das maiores preocupações da PCr é com o número de agentes. “Será importante definirmos nesta Assembleia uma direção para resolvermos a questão do número de agentes, pois ainda é nossa maior dificuldade trabalhar com muitos encarcerados a partir de um número ainda pequeno de agentes”.
Para a coordenadora da Pastoral Carcerária no Regional Sul 2 da CNBB (Paraná), Leiri Rasini, o encontro é a oportunidade de incentivar a atuação da Pastoral Carcerária, inclusive na própria Igreja, que segundo Rasini, ainda sofre preconceito. “Uma das minhas lutas no Paraná é implantar a Pastoral Carcerária nas paróquias porque muitos padres impõem dificuldades e não querem a presença da PCr. Aqui será a oportunidade de expor essa dificuldade e trabalhar essa questão para que o respeito seja maior para com os agentes pastorais”, sublinhou a coordenadora estadual.
O encontro tem a assessoria metodológica de Lourival Rodrigues da Silva, formado em direito, mestre em Ciência da Religião e especialista em juventude. Ele trabalha na Casa da Juventude Pe. Burnier (Caju) em Goiânia.
No domingo, último dia da Assembleia, acontecerá a eleição que definirá a nova coordenação nacional da Pastoral. Padre Valdir está na função desde que padre Gunter Alois Zgubic renunciou ao mandato em 2009.