Celebração na sede da CNBB oferece ação de graças à presença missionária da Igreja no Brasil no Haiti

Na manhã deste sábado, 17 de julho, uma celebração na capela Nossa Senhora Aparecida, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília-DF, marcou a nova fase do Projeto Missionário Intecongregacional Nazaré que mantido pela Igreja no Brasil no Haiti desde 2010.

Presidida pelo bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portela Amado, a celebração teve um caráter de ação de graças pela conquista de um novo passo no projeto: a construção de uma casa para a comunidade religiosa no mesmo bairro atingido pelo terremoto em 2010 que deixou mais de 300 mil mortos e milhares de desabrigados.

Na  homília, dom Joel afirmou que o olhar da fé nos diz que fomos criados para a missão. “Missão é paixão. Brota de um coração que se descobre apaixonado pelo Senhor e se coloca disponível para responder: ‘eis-me aqui, envia-me'”, disse.

A irmã Maria de Fátima Kapp, uma das coordenadoras do projeto missionário intercongregacional Nazaré, leva as flores no momento do ofertório. Fotos: Ascom CNBB

Segundo o prelado, para viver plenamente a graça do Batismo somos convidados a viver a missão. O bispo ressaltou a importância de, neste momento, rezar pelo Brasil, pelas irmãs em missão no Haiti e pelo momento que aquele país atravessa e também por todos os países da América Latina que estão vivendo tempos complicados em razão da pandemia.

“Quem ama transborda, anuncia, vai ao encontro, cuida e socorre”, disse dom Joel em referência o trabalho que as 19 congregrações religiosas e 19 irmãs que passaram pela missão ao longo dos 12 anos. Durante a celebração, foram ofertados rosas em agradecimento à esta presença missionária no Haiti.

Em referência à primeira leitura, dom Joel ressaltou ainda que o povo de Deus sempre foi um povo a caminho mas não um caminhar isolado. “A caminhada do povo de Deus é como povo, grupo, família e Igreja. Por isto, é bonito também perceber a experiência da missão no Haiti, uma missão construída coletivamente”, disse.

Veja, abaixo, o vídeo sobre a presença missionária do Brasil no Haiti:

Histórico e nova fase da missão no Haiti

Irmã Maria Inês, presidente da CRB, fala do sentido da celebração de dar ação de graças pela missão no Haiti.

Desde o período que imediatamente se seguiu ao terremoto de 2010, no Haiti, a CNBB, a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e a Cáritas Brasileira estabeleceram uma parceria para a criação do projeto missionário intercongregacional Nazaré. Desde a origem, a missão foi conduzida e animada por congregações femininas. Durante este tempo, 19 institutos e congregações femininas colaboram com presença de suas religiosas e animação missionária da presença brasileira no Haiti. A parceria foi prevista para a duração de 10 anos, tendo, portanto, terminado em 2020.

Em substituição a esta parceria e para não interromper o trabalho das religiosas brasileiras no Haiti, as congregações femininas firmaram uma nova parceria, agora entre si, sem a gestão direta da CNBB e da CRB, as quais, porém, permanecerão acompanhando e ajudando. Agora, na nova fase, a gestão será feita por uma Comissão Intercongregacional constituída por 5 religiosas de diferentes congregações.

Elas vão contar com o apoio da Rede Missionária Intercongregacional Ad Gentes, constituída inicialmente com a adesão de cerca de 90 congregações religiosas, após a aprovação na 25ª Assembleia Eletiva da CRB Nacional realizada em Brasília (DF), de 10 a 14 de julho de 2019. A missa do dia 17 de julho será o momento oficial de bênção da nova parceria e nova fase da missão da Igreja no Brasil no Haiti.

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